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Influência das gonadotrofinas coriônicas equina (eCG) e humana (hCG) no desenvolvimento do corpo lúteo e taxa de prenhez em receptoras de embrião bovino

Texto completo
Autor(es):
Ana Clara Degan Mattos
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Guilherme Pugliesi; George Allen Perry Junior; Marcelo Marcondes Seneda
Orientador: Guilherme Pugliesi
Resumo

O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos de diferentes doses de hCG sobre o desenvolvimento do corpo lúteo (CL) e os efeitos da divisão da dose de eCG em dois momentos durante o protocolo de sincronização da ovulação em relação à prenhez por transferência de embrião (P/TE) em vacas de corte. No Experimento 1, vacas Nelore não lactantes, dois dias após a ovulação espontânea, foram divididas em quatro grupos: C (sem tratamento; n=13), hCG-500 (i.m.; 500UI hCG; Chorulon, MSD; n=12), hCG-1000 (1000UI hCG; n=13) e hCG-2000 (2000UI hCG; n=12). A área luteal (AL) e a perfusão sanguínea (PS) foram determinadas por ultrassonografia em modo B e color-Doppler, respectivamente, e a P4 foi analisada a cada 48 horas durante 14 dias. No Experimento 2, vacas primíparas lactantes cruzadas (Nelore x Angus) foram submetidas a um protocolo a base de P4/E2 no Dia 0 (D0). As vacas foram divididas em quatro grupos (fatorial 2x2): controle (300UI de eCG no D9 [Folligon, MSD]; n=227), eCG/2x (150UI de eCG no D7 e D9; n=222), hCG (300UI de eCG no D9 e 1000UI de hCG no D14; n=221) e eCG/2x+hCG (eCG no D7 e D9 e hCG; n=219). No D9, o dispositivo P4 foi removido, sendo administrado 0,53mg de cloprostenol sódico e 1mg de cipionato de estradiol e o tamanho do folículo dominante (FD) foi avaliado em 501 fêmeas. No D18, as vacas com um CL receberam um blastocisto a fresco expandido, a AL e a PS foram avaliadas em todas as fêmeas e a concentração plasmática de P4 também foi determinada (n=271). Os dados foram analisados por ANOVA, teste exato de Fisher ou regressão logística do SAS. No Exp1, a taxa de CL acessório (aCL) diferiu (P<0,05) entre os grupos (C, 0%C; hCG- 500, 8%BC; hCG-1000, 61,5%A; hCG-2000, 41,6%AB). A AL total (soma do CL primário + aCLs) foi maior (P<0,05) nos grupos hCG-1000 e hCG-2000 do que no C, enquanto o hCG-500 não diferiu dos demais. A PS não houve diferença (P>0,1). Para a concentração de P4, ocorreu uma interação entre tratamento e tempo (P=0,04), sendo que a concentração foi maior nos dias 6 a 12 nos grupos hCG-1000 e 2000. No Exp2, o tamanho do FD (mm) no D9 tendeu (P=0,07) a ser maior nos grupos que receberam eCG/2x (11,1±0,2 vs. 10,6±0,2). A taxa de vacas com >1CL no D18 foi maior (P>0,01) nas vacas tratadas com hCG (5,2% vs. 0,5%). As concentrações de P4 no D18 foram maiores (P>0,01) nas vacas tratadas com hCG, independentemente do tratamento com eCG (5,0 vs. 3,9 ng/mL). Para a AL, um aumento (P>0,01) ocorreu pela associação dos tratamentos hCG e eCG/2x em comparação com seus efeitos isolados. Para a PS, observou-se uma interação entre os tratamentos (P=0,01), como indicado pela ausência de efeito da hCG em vacas que receberam uma dose única de eCG e pela redução da PS pelo tratamento com hCG em vacas tratadas com eCG/2x. A P/TE aos 28 dias após a TE foi maior (P=0,01) nos grupos eCG/2x (53%) e hCG (52%) do que no controle (41%), mas não diferiu no grupo eCG/2x+hCG (46%) em comparação com os outros. O mesmo padrão se manteve para a P/TE aos 60-150 dias após a TE, em que os grupos eCG/2x (47%) e hCG (46%) foram superiores ao controle (37%) e eCG/2x+hCG não diferiu (37%) dos demais. Em conclusão, a administração de pelo menos 1000UI de hCG aumenta a AL, concentração de P4 e P/TE, mas não melhora a PS. A administração de eCG em dois momentos durante o crescimento folicular melhora o FD e a P/TE em vacas receptoras de corte primíparas, mas sua associação com a hCG não é indicada, pois potencialmente reduz a PS luteal e não aumenta a P/TE. (AU)

Processo FAPESP: 21/12256-6 - Influência das gonadotrofinas coriônicas equina (eCG) e humana (hCG) no desenvolvimento do corpo lúteo e taxa de prenhez em receptoras de embrião bovino
Beneficiário:Ana Clara Degan Mattos
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado