Busca avançada
Ano de início
Entree


Uso sustentável da biodiversidade brasileira: prospecção químico-farmacológica em plantas superiores: qualea ssp (vochysiaceae)

Texto completo
Autor(es):
Ana Lúcia Martiniano Nasser
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Araraquara. 2014-06-11. , ilustrações.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Instituto de Química. Araraquara
Data de defesa:
Orientador: Wagner Vilegas
Área do conhecimento: Ciências Exatas e da Terra - Química
Indexada em: Banco de Dados Bibliográficos Athena; C@thedra - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNESP
Localização: Universidade Estadual Paulista. Campus de Araraquara. Biblioteca do Instituto de Química; T-1103
Resumo

Neste projeto foram estudadas as cascas de Qualea parviflora Mart., Q. grandiflora Mart. e Q. multiflora Mart., pertencentes à família Vochysiaceae. Espécies de Qualea são utilizadas popularmente para problemas gastrointestinais, como antiinflamatória, analgésica, antiúlcera e antidiarréica. O fracionamento do extrato metanólico de Q. parviflora forneceu quatro triterpenóides pentacíclicos (arjunglicosídeo, bellericagenina B, bellericasídeo B e 28-nor-17,22-seco- 2a,3ß,19,22,23-pentaidroxi-?12-oleanano, inédito), quatro derivados de ácido elágico (ácido 3, 3'-di-O-metilelágico-4-O-ß-glicopiranosídeo, ácido 3 Ometilelágico- 4'-rhamnopirosídeo, ácido 3, 3',4-tri-O-metilelágico-4'-O-ß-Dglicopiranosídeo e ácido 3, 3'-di-O-metilelágico e um fitoesterol (ß-sitosterol glicosídeo). O fracionamento do extrato clorofórmico de Q. parviflora forneceu um fitoesterol (ß-sitosterol), cinco triterpenos pentacíclicos (lupenona, lupeol, betulina, ácido epi-betulínico e friedelina). Essas substâncias foram descritas pela primeira vez no gênero. Análises por HPLC-ESI-IT-MS, HPLC-UV-PDA e GC-IT-MS de Q. grandiflora e Q. multiflora usando como padrões substâncias isoladas de Q. parviflora mostraram perfis qualitativamente semelhantes, mas com diferentes teores. Ensaios farmacológicos demonstraram que o extrato metanólico de Q. parviflora não apresentou efeito tóxico agudo, inibindo a formação de úlceras gástricas e reduzindo a severidade das lesões frente a diversos modelos experimentais, confirmando o uso popular. Os extratos metanólicos de Q. parviflora e Q. grandiflora mostraram diminuição da motilidade intestinal, o que justifica o uso popular como agentes antidiarréico. Por outro lado, não foram observadas atividades antiinflamatória e analgésica, relatadas popularmente. Ensaios com substâncias isoladas do extrato clorofórmico de Q. parviflora demonstraram potencial atividade antituberculose. (AU)

Processo FAPESP: 04/07255-5 - Uso sustentável da biodiversidade brasileira: prospecção químico farmacológica em plantas superiores
Beneficiário:Ana Lúcia Martiniano Nasser
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado