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O movimento de Freud para a elaboração de um campo psíquico

Texto completo
Autor(es):
Bianca Scandelari
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Luiz Roberto Monzani; Francisco Verardi Bocca; Fatima Siqueira Caropreso; Richard Theisen Simanke; João José Rodrigues Lima de Almeida
Orientador: Luiz Roberto Monzani
Resumo

O objetivo principal é o de expor, em função de uma leitura particular do período inicial da obra de Freud, de que forma se estabeleceu o campo em que foi assentada uma definição do psiquismo, segundo a psicanálise incipiente. Destacaremos as condições responsáveis por reconsiderações de importantes noções e do método de tratamento particular que permaneceria sendo desenvolvido ao longo da obra. Em caráter de apoio, e em divergência do que poderíamos chamar de nascimento da psicanálise bem como o ineditismo que é atribuído aos seus conceitos principais, propomos identificar o movimento de construção interna dos conceitos. Esta proposta será sustentada na exposição do movimento de articulação que Freud engendrou ao tema do psiquismo, de 1886 a 1894, que não apareceu tão bem definido como passou a ser em textos posteriores, mas em cuja articulação de questões foi possível acompanhar gradualmente a possibilidade de um 'modo de funcionamento psíquico' para a neurose. Neste intuito, foi delineada a transição da explicação que privilegia uma característica predominantemente fisiológica de funcionamento automático ao qual acrescentou, aos poucos, uma modificação funcional de dinâmica psíquica, mas sem desconsiderar a primeira. Este foi o caso da lógica estabelecida pelo mecanismo psíquico da "contravontade" (1892) que teria contribuído justamente pelo deslocamento que proporcionou ao foco do tratamento, o qual posteriormente se desenvolveu numa 'relação de simbolização' mediante 'conflito'. A reformulação do aspecto funcional da histeria colocado em destaque proporcionou, desde este ponto de vista, a série de construções que prestariam sustentação às noções de base para os posteriores conceitos de resistência, transferência e a elaboração da associação livre. Concluímos que justamente esse funcionamento particular e resistente, obtido nos hiatos oriundos das questões relativas à cura e eliminação do sintoma, seria um dos traços responsáveis pela autenticidade da teoria de Freud e especificidade da psicanálise. Esse movimento se deu como uma transformação incessante que Freud nunca deixou de promover às noções existentes no campo da pesquisa médica que frequentava (AU)

Processo FAPESP: 09/16794-0 - O Conceito de "contravontade" e sua contribuição no movimento de construção do inconsciente freudiano.
Beneficiário:Bianca Scandelari
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado