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Efeito da colchicina na fibroses hepatica induzida quimicamente em coelhos

Texto completo
Autor(es):
Clodomir Garcia Brandão
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
José Pedrazzoli Junior
Orientador: José Pedrazzoli Junior
Resumo

O desenvolvimento de fibrose é um ponto fundamental na formação da cirrose hepática e sua compreensão é essencial para o entendimento da fisiopatologia da cirrose e da conseqüente hipertensão portal. Assim, o desenvolvimento de um modelo experimental adequado de fibrose hepática é útil para o entendimento das enfermidades que podem evoluir para a cirrose hepática. A colchicina tem sido usada em pacientes com cirrose hepática mas efeitos não são totalmente conhecidos. Este estudo teve como objetivo desenvolvimento da fibrose hepática pela administração de tetracloreto de carbono (CCI4) por via intragástrica e o de avaliar o efeito da administração de colchicina neste modelo. Para este estudo foram utilizados 37 coelhos machos da raça New Zealand .(2,73 :t 0,05 Kg), os quais receberam água e ração ad libitum ao longo go período de experimentação. Estes animais foram divididos em 5 grupos. Catorze dias após o começo do tratamento com fenobarbita,1 os animais começaram a receber semanalmente o CCI4 (dose inicial de 20 mg diluído em-óleo I de milho a 10 %) por via intragástrica. A dose foi ajustada de acordo com controles bioquímicos indicativos de lesão hepática (aspartato aminotransferase [AST] e alanina aminotransferase [AL T], visando-se manter tais níveis plasmáticos entre 400 e 800 UII). Amostras de sangue dos animais foram coletadas 24 h após cada administração de CCI4, para dosagem de aminotransferases (AST e AL T), bilirrubinas (total e indireta), gama glutamil transpeptidase (y-GT), proteínas e albumina. Além dos controles bioquímicos, os animais foram pesados semanalmente. Para avaliar os efeitos do tratamento com fenobarbital e CCI4 sobre o fluxo sangüíneo hepático, foram determinadas as velocidades de depuração do verde de indocianina (ICG) antes e após o final do tratamento (aproximadamente 8 mg/kg em solução salina). A colchicina foi administrada diariamente em 2 grupos de animais (a partir da 11 a semana de tratamento com CCI4 e em outro, desde o início do tratamento com CCI4). Para este trabalho foram feitos 2 grupos controles, onde um dos grupos recebeu doses diárias de fenobarbital durante todo o experimento (controle fenobarbital) e o outro grupo apenas foi tratado com ração e água ad libitum. ' Ao final do período de estudo os animais foram sedados e sacrificados com' uma injeção de ar i. v. e foram retirados 3 fragmentos de cada lobo hepático parR análise histológica. Um número maior de animais que não recebeu colchicina desenvolveu cirrose, comparado com o grupo que recebeu a droga (8/10 vs. 0/10, p<, 0.01), tendo a fibrose sido menor nos animais tratados com colchicina (p<O. 01). Coelhos com 16 - semanas de tratamento com colchicina tiver~m, no final do experimento, ICG, y-GT, bilirrubina e ganho de peso semelhantes aos dos grupos cc 1trole, ao contrário dos animais que não receberam. A baixa letalidade e o elevado número de animais que desenvolveram cirrose hepática (8/10) leva a concluir que este tipo de modelo é eficaz. o peso corporal dos animais não serve como parâmetro para o ajuste da dose de tetracloreto de carbono, pois não houve alteração do mesmo durante o tratamento com CCI4. - Para o controle do desenvolvimento da lesão hepática, apenas a determinação das aminotransferases é suficiente (AU)

Processo FAPESP: 96/03077-7 - Efeito da colchicina em fibrose hepática quimicamente induzida em coelhos
Beneficiário:Clodomir Garcia Brandão
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado