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O corpo indígena ressignificado: Marabá e O último Tamoio de Rodolfo Amoedo, e a retórica nacionalista do final do Segundo Império

Texto completo
Autor(es):
Richard Santiago Costa
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Claudia Valladão de Mattos Avolese; Luciano Migliaccio; Leticia Coelho Squeff
Orientador: Claudia Valladão de Mattos Avolese
Resumo

O presente projeto de pesquisa pretende estudar duas obras específicas do pintor brasileiro Rodolfo Amoedo intituladas O último Tamoio (1883) e Marabá (1882). Tais obras serão analisadas dentro do contexto de sua produção na segunda metade do século XIX buscando identificar aspectos formais e programáticos que as aproximam e ao mesmo tempo afastam da política de criação de uma identidade nacional implementada pela Academia Imperial de Belas Artes no decorrer do século XIX. Buscaremos associar essas pinturas, tão importantes no conjunto da obra de Amoedo, ao ambiente sócio-político e cultural do Brasil oitocentista, investigando suas intenções políticas e culturais no contexto artístico do período. Além disso, interrogaremos tais pinturas na tentativa de reconhecer traços do estilo de Amoedo que as ligassem à sua formação artística tanto no Brasil quanto na Europa, trazendo referências diversas nas áreas da literatura e pintura que contribuíram para sua feitura. Será fundamental investigar como Amoedo desmonta o aparato de exaltação do mito do "índio herói nacional", identificando os traços de um indianismo tardio sem fôlego, esgotado às vésperas da proclamação da República. Para tanto, será importante confrontar literatura e artes plásticas dentro das premissas do ut pictura poesis, visto que naquela floresceu primeiro o que se convencionou chamar de "indianismo". Propomos uma reflexão sobre a figura do índio melancólico e trágico das pinturas supracitadas de Amoedo em detrimento do índio heróico e guerreiro da produção literária do período anterior e seu papel na constituição de um imaginário nacional que tinha o índio como símbolo pátrio: através das diversas ressiginificações por que passou o corpo indígena, seja no campo da pintura e da escultura, seja no campo da ilustração e da literatura, analisaremos como Amoedo se insere como renovador do indianismo acadêmico, rearranjando os elementos próprios da retórica nacionalista no final do Segundo Império (AU)

Processo FAPESP: 11/03705-0 - O índio-herói na pintura de Rodolfo Amoedo: Marabá e o Último Tamoio no imaginário da nação brasileira
Beneficiário:Richard Santiago Costa
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado