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Avaliação clinica e hematologica em crianças filhas de mães infectadas pelo HIV-1

Texto completo
Autor(es):
Elianete Bortolaia da Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Maria Marluce dos Santos Vilela
Orientador: Maria Marluce dos Santos Vilela
Resumo

As alterações hematológicas são freqüentes na AIDS, sendo a anemia a mais referida. No presente trabalho, foram analisadas 79 crianças, filhas de mães infectadas pelo mV-l, no período de março de 1996 a novembro de 1997, em acompanhamento no Ambulatório de Imunodeficiência do Hospital das Clínicas da Unicamp. Deste total, observamos 26 pacientes infectados pelo mv -1 e 53 não-infectados ou soro-reversores. O objetivo principal é analisar aspectos clínicos e laboratoriais, especialmente o hemograma destas crianças e comparar, evolutivamente, os dois grupos. Além disso pretendemos verificar a proporção de crianças com manifestações clínicas precoces (antes de ano de idade); analisar se há associação entre infecção pelo HIV -1 e o uso de AZT na gestação, o aleitamento materno, o nível sérico de ferritina, presença de anemia e linfopenia. Os resultados mostraram um comprometimento pôndero-estatural em ambos os grupos, um pouco mais acentuado entre os soro-reversores. Os dados sociais evidenciaram, de forma semelhante para os dois grupos, uma precariedade de qualidade de vida. A classificação clínico-imunológica mostrou 4 crianças infectadas no grupo N, 7 no grupo A e 15 no grupo B. Manifestações clínicas antes dos doze meses de idade foram observadas em 18 pacientes infectados (69,2%), sendo o diagnóstico mais freqüente síndrome linfoproliferativa. Os soro-reversores tiveram com maior freqüência síndrome anêmica. Um total de 15 mães usaram AZT na gestação e 13 dos seus recém-nascidos receberam 6 semanas de AZT profilático, sendo que 3 crianças evoluíram como infectadas e 10 como não-infectadas. O aleitamento materno foi observado em 16 infectados (61,5%) e 8 (15, 1 %) dos soro-reversores. As alterações hematológicas predominaram entre os pacientes infectados, com evidência para a anemia, com significância estatística em relação aos soro-reversores. Quanto à etiologia, entre os infectados predominou a anemia das doenças crônicas e entre os soro-reversores, a anemia ferropriva. Não se observou associação estatisticamente significativa entre o nível sérico de ferritina e a infecção pelo HIV -1, nem da classificação clínico-imunológica dos infectados com a freqüência de anemia e linfopenia (AU)

Processo FAPESP: 96/02382-0 - Alterações hematológicas nas crianças filhas de mães HIV positivas
Beneficiário:Elianete Bortolaia da Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado