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Avaliação da regeneração ossea em defeitos peri-implantares de deiscencia tratados com uma abordagem combinada associando celulas derivadas da medula ossea e regeneração ossea guiada: estudo histomorfometrico em cães

Texto completo
Autor(es):
Fernanda Vieira Ribeiro
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Marcio Zaffalon Casati; Joni Augusto Cirelli; Poliana Mendes Duarte; Francisco Humberto Nociti Junior; Enílson Antonio Sallum
Orientador: Karina Gonzales Silverio; Marcio Zaffalon Casati
Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar histometricamente o reparo ósseo em defeitos periimplantares do tipo deiscência, criados cirurgicamente em cães, tratados com a associação de células derivadas da medula óssea (CMs) e regeneração óssea guiada (ROG). A medula óssea foi obtida a partir da crista ilíaca de oito cães beagle adultos machos. Células derivadas da medula óssea (CMs) foram isoladas, cultivadas in vitro e fenotipicamente caracterizadas com relação as suas propriedades osteogênicas. Os mesmos animais foram submetidos à extração bilateral dos primeiros molares e terceiro e quarto pré-molares inferiores. Após três meses, três leitos para a colocação de implantes foram confeccionados em cada lado da mandíbula, deiscências ósseas vestibulares foram criadas e, então, implantes de titânio de superfície usinada foram colocados. As deiscências ósseas foram tratadas aleatoriamente, de acordo com um dos seguintes grupos: 1) ROG+CMs+C: membrana de PTFE-e com reforço de titânio associada às células derivadas da medula óssea semeadas no carreador, 2) ROG+C: membrana de PTFE-e com reforço de titânio associada ao uso do carreador sem células, 3) CMs+C: células derivadas da medula semeadas no carreador, 4) ROG: membrana de PTFE-e com reforço de titânio, 5) C: carreador sem células e 6) Controle: nenhum tratamento. Após três meses, os animais foram sacrificados e os implantes em conjunto com os tecidos adjacentes foram processados laboratorialmente para obtenção de secções não descalcificadas. Os parâmetros avaliados foram: Contato direto osso-implante (CO), Preenchimento ósseo dentro das roscas do implante (PR) e Área de tecido ósseo fora das roscas (AF). In vitro, a caracterização fenotípica demonstrou que células derivadas da medula óssea apresentaram potencial osteogênico identificado pela formação de nódulos minerais e expressão de marcadores ósseos (fosfatase alcalina, sialoproteína óssea e colágeno tipo I). As análises histométricas revelaram que todos os defeitos tratados com membrana (ROG+CMs+C, ROG+C e ROG) demonstraram resultados estatisticamente similares (p>0,05) com relação à área de novo osso formado fora das roscas do implante, apresentando, no entanto, maior quantidade de osso neoformado fora dos limites das roscas, quando comparados aos demais grupos (CMs+C, C e Controle) (p<0,05). Adicionalmente, foi observado que o preenchimento ósseo dentro das roscas foi estatisticamente semelhante entre os grupos que utilizaram membrana (ROG+CMs+C, ROG+C, ROG) e o grupo tratado com células sem barreira (CMs+C) (p>0,05), enquanto todos estes grupos mostraram um preenchimento ósseo significativamente superior ao grupo Controle (p<0,05). Com relação à porcentagem de contato osso-implante, embora os defeitos tratados com membrana (ROG+CMs+C, ROG+C e ROG) tenham apresentado valores estatisticamente maiores quando comparados aos defeitos dos grupos C e Controle (p<0,05), uma tendência para aumento da extensão de contato osso-implante foi observada nos defeitos tratados com células sem a associação da ROG (grupo CMs+C). Dentro dos limites do presente estudo, pôde-se concluir que embora as células derivadas da medula óssea, utilizadas isoladamente, tenham promovido bons resultados em relação à formação óssea dentro das roscas do implante, o seu uso, associado à ROG, não promoveu benefícios adicionais na formação óssea em defeitos peri-implantares de deiscência. (AU)

Processo FAPESP: 06/59431-7 - Efeito de células mesenquimais derivadas da medula óssea sobre o reparo ósseo ao redor de implantes em defeitos peri-implantes: estudo histomorfométrico em cães
Beneficiário:Fernanda Vieira Ribeiro
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado