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Caracteristicas clinicas, eletrograficas e de imagem no diagnostico diferencial entre epilepsias parcial e generalizada idiopatica

Texto completo
Autor(es):
Susana Barretto Mory
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Fernando Cendes; Benito Pereira Damasceno; Elza Marcia Targas Yacubian
Orientador: Fernando Cendes
Resumo

As epilepsias generalizadas idiopáticas (EGI), freqüentemente não são diagnosticadas corretamente em adultos, trazendo sérias conseqüências para os pacientes. O objetivo deste trabalho foi avaliar os fatores mais freqüentemente associados a dificuldades no diagnóstico diferencial entre epilepsias parciais e generalizadas em adultos. Avaliamos 41 pacientes com diagnóstico prévio de epilepsia parcial (EP) que apresentavam elementos de anamnese e eletrencefalograma indicando um possível diagnóstico diferencial. Foi possível a mudança do diagnóstico de EP para EGI em 25 pacientes (61%): 22 com Epilepsia Mioclônico Juvenil (EMJ)(88%); um com ausência juvenil, um com síndrome de ausências com mioclonias periorais e um com ausência com mioclonias palpebrais. Mioclonias, uma das características da EMJ e outras formas de EGI, geralmente não eram espontaneamente relatadas pelos pacientes. Mioclonias unilaterais foram confundidos com crises parciais motoras. Ausências breves e pouco freqüentes e anormalidades focais no EEG contribuíram para o não reconhecimento de EGI. Todos 25 pacientes apresentavam crises sem controle adequado antes da revisão diagnóstica. Após o diagnóstico correto e mudança para monoterapia com acido valpróico ou valproato de sódio, 19 (76%) ficaram livre de crises e seis (24%) dos 25 pacientes apresentaram melhora significativa. Nos demais 16 pacientes, a descrição das crises não definiu um diagnóstico sindrômico adequado. Os EEGs interictais também não ajudaram a definir o diagnóstico diferencial. Após a investigação de neuroimagem utilizando técnicas com cortes finos e reconstrução multiplanar, e o registro de crises em 7 pacientes, o diagnóstico de EP foi confirmado. Apenas cinco destes 16 pacientes (31,3%) apresentam controle satisfatório de crises com doses adequadas de drogas antiepilépticas (DAE). Em conclusão, anamnese detalhada e questionamento direcionado para determinar a presença de mioclonias e crises tipo ausência e a sua interpretação no contexto clínico são fundamentais e suficientes para o diagnóstico correto das EGI. Nos casos em que a dúvida permanece, fica mais provável o diagnóstico de epilepia parcial, sendo necessária investigação detalhada com vídeo-EEG e ressonância magnética com cortes finos para a definição do diagnóstico sindrômico adequado (AU)

Processo FAPESP: 99/09715-3 - Características clínicas, eletrencefalográficas e de imagem no diagnóstico diferencial entre crises parciais complexas e crises de ausências
Beneficiário:Susana Barretto Mory
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado