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O Instituto Historico de Paris e a regeneração moral da sociedade

Texto completo
Autor(es):
Elaine Cristina Carraro
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Elide Rugai Bastos; Maria Orlanda Pinassi; Fernando Antonio Lourenço
Orientador: Elide Rugai Bastos
Resumo

Este trabalho centraliza suas preocupações em torno dos debates travados no Instituto Histórico de Paris, priorizando o enfoque nas idéias, ali produzidas e difundidas, acerca da moralidade e religiosidade, e o notório objetivo de promover a história como o "estudo das sociedades humanas", aproximando-a dos objetivos das ciências sociais. Criado em 1834, por Eugene Garais de Monglave, o Instituto Histórico de Paris acolheu intelectuais de diferentes procedências e tendências pol íticas e configurou-se como um fomentador dos estudos históricos e divulgador de idéias políticas que influenciaram, não apenas Paris, mas intelectuais de outros país"esque com ele mantiveram contato. Entre os anos de 1834 a 1856 muitos brasileiros, representantes do mundo oficial do Império, inclusive alguns de seus principais políticos, participaram de suas atividades, inspirando-se nele para a criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, em 1838. O período delimitado na pesquisa - 1834-1846 - abrange os anos de participação mais intensa desses brasileiros. As idéias sobre a moralidade e religiosidade se destacaram nas discussões do IHP, ao mesmo tempo que inspiraram a elaboração de várias teorias sociais que tiveram relevância política no período. Com isso, através da análise dos registros das atas manuscritas e das publicações dos Journal de /'Institut Historique e L'/nvestigateur, entre os anos de 1834 a 1846, procuramos investigar em que medida essas idéias, sobre moral e religião, contribuíram para um caráter político definido do Instituto, e direcionado à sociedade no sentido de regenera-Ia. Pode-se dizer também que, a pesquisa observa o aspecto ambivalente das idéias produzidas no Instituto, ao comprometer-se, ao mesmo tempo, com o princípio de neutralidade política e com uma proposta de "história útil" e voltada para "interesses morais". Desse modo, além de buscar apontar o papel que este Instituto desempenhou na sociedade francesa, e sua inovação em propor uma história que se baseava em métodos que seriam institucionalizados pela sociologia, o trabalho procura explorar o ambiente intelectual em que conviveram tantos brasileiros, admiradores e interessados pelo exemplo de "civilização" que a França representava (AU)

Processo FAPESP: 00/07235-3 - A religião no Instituto Histórico de Paris: o disfarce espiritual da política
Beneficiário:Elaine Cristina Carraro
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado