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Análise da locomoção de cães portadores de displasia coxofemoral com o sistema de baropodometria

Texto completo
Autor(es):
Renata Moris Domenico Oliveira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Julia Maria Matera; Marta Imamura; Angelica Cecilia Tatarunas
Orientador: Julia Maria Matera
Resumo

A displasia coxofemoral é uma desordem do desenvolvimento da articulação coxofemoral canina, é uma das afecções ortopédicas mais usuais e acomete mais freqüentemente raças de grande porte. A análise objetiva da locomoção do cão através do sistema de baropodometria (Tekscan®) propicia informações sobre as forças de reação do solo que podem ser usadas para estudar membros com função normal e anormal. O objetivo deste presente estudo foi avaliar objetivamente a locomoção de cães displásicos e compará-la com a locomoção de cães normais. Para tanto foram formados 2 grupos, o grupo I composto por 10 cães hígidos das raças Rottweiler e Golden Retriever, após avaliação clínica e radiográfica, e o grupo II, formado por 20 animais adultos com evidência clínica e radiográfica de displasia coxofemoral, encaminhados ao Serviço de Cirurgia de Pequenos Animais do HOVET FMVZ/USP. Os animais foram conduzidos sobre a plataforma de baropodometria, ao passo, do lado esquerdo do condutor a uma velocidade constante, semelhante entre os 2 grupos. Foram registradas 20 passagens para a formação do banco de dados das forças máximas verticais, impulsos verticais, e tempo de apoio dos membros torácicos e pélvicos dos cães com DCF e o mesmo para cães hígidos. Cinco passagens válidas foram utilizadas para análise estatística. Entre os cães as forças foram normalizadas de acordo como o peso corpóreo e expressas em porcentagem (%) de peso corpóreo (%PC). A média de tempo de apoio para membros torácicos e pélvicos do grupo I foi de 0,442 segundos ±0,09, e de 0,437 segundos ± 0,088, respectivamente. Nos animais do grupo II os valores foram 0,482 segundos ±0,002 para membros torácicos e 0,451 segundos ±0,006 para membros pélvicos. No grupo I a força pico vertical (FPV) e Impulso Vertical (IV) para membros torácicos foram de 44,03%PC ± 4,7 e 12,52 %PC/s ± 4,04, respectivamente e de 27,87%PC ± 4,5 e 7,88 %PC/s ± 2,9 para membros pélvicos. No grupo II os valores da FPV e IV para membros torácicos foram de 44,04%PC ± 6,7 e 13,08%PC/s ± 4,5, respectivamente. Para membros pélvicos o valor da média da FPV foi de 21,75%PC ± 5,7 e o valor da média do IV foi de 6,3%PC/s ± 2,7. Quando foi realizada a comparação estatísitca entre os valores de tempo de apoio para membros torácicos e pélvicos, FPV e IV de membros torácicos e pélvicos entre o grupo I e o grupo II houve diferença significante (P=0.062) apenas nos valores da FPV de membros pélvicos, sendo menor em cães displásicos. Isso indica uma menor força de apoio nos membros pélvicos dos animais portadores de DCF, durante a locomoção. Com esses resultados formou-se um banco de dados de valores de cães displásicos conduzidos ao passo que poderá servir em futuras avaliações de vários modelos de tratamento para displasia coxofemoral. (AU)

Processo FAPESP: 06/52678-7 - Uso do sistema de baropodometria para estudo da locomocao de caes com displasia coxofemoral da raca rottweiler.
Beneficiário:Renata Moris Domenico Oliveira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado