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Fluxos de produção e consumo de milho no sul e sudeste do Brasil.

Texto completo
Autor(es):
Viviane Vuolo Risseto
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALA/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Paulo Fernando Cidade de Araujo; Alexandre Lahóz Mendonça de Barros; João Luiz Cardoso
Orientador: Paulo Fernando Cidade de Araujo
Resumo

Este estudo objetiva analisar os fluxos de produção e consumo de milho nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, no período 1990 - 1998. Foi quantificado o consumo mensal do milho por segmento, identificando os estados que apresentam escassez ou excedente do produto. Estimaram-se os padrões de variação estacional de preço. O consumo de milho na avicultura de corte e postura, suinocultura, pecuária de corte e leite e sementes foi obtido a partir da elaboração de métodos de estimação que exigiram a aplicação de índices zootécnicos. Para testar esses índices, foram realizadas entrevistas com 71 técnicos e produtores rurais. Do lado da produção, os dados mensais foram trabalhados a partir das estatísticas do IBGE, ponderadas pela sazonalidade de colheita estimada pela CONAB. A obtenção dos índices de variação estacional de preço foi realizada a partir do procedimento proposto por Hoffmann (1969), utilizando a média geométrica móvel. Os resultados mostraram que o consumo de milho na avicultura de corte cresceu 76% no Sul e 51% no Sudeste nos anos 90. Por outro lado, o consumo na avicultura de postura ficou praticamente estagnado nesse período. No caso da suinocultura, o consumo cresceu 72% no Sul e 63% no Sudeste. O acréscimo na pecuária de corte foi de 69% e 73%, nas regiões Sul e Sudeste, respectivamente. Na região Sul, o consumo de milho aumentou 63% no período e no Sudeste, 42%. Os maiores responsáveis por esses aumentos foram o Rio Grande do Sul e Minas Gerais, respectivamente. Os demais estados não apresentaram mudanças significativas. As perdas no transporte e armazenagem foram de 1,97 milhão de toneladas, 8,84% da produção. O Paraná apresentou maior excedente, seguido de Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Por outro lado, São Paulo é o maior deficitário. Não foi possível quantificar o consumo nas propriedades rurais. Os resultados mostram que os déficits estimados são 'proxies' das quantidades mínimas importadas de outros estados. Por outro lado, os excedentes podem ser, na realidade, menores. Como esperado, o índice sazonal do preço do milho atinge os menores valores na safra. Minas Gerais foi o estado que apresentou o menor índice sazonal, possivelmente por não haver escassez de milho ao longo do ano. (AU)

Processo FAPESP: 98/03709-9 - Dinâmica do mercado de milho nas regiões sudeste e sul do Brasil
Beneficiário:Viviane Vuolo Risseto
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado