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Componentes monocíclicos e quantificação de danos no patossistema Corynespora cassiicola - soja

Texto completo
Autor(es):
Renata Moreschi Mesquini
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALA/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Armando Bergamin Filho; Luciana Celeste Carneiro
Orientador: Armando Bergamin Filho
Resumo

A soja é a cultura de grãos mais importante no Brasil. Na safra de 2010/11 ocupou uma área de 24 milhões de hectares, se destacando como principal oleaginosa produzida e consumida no mundo. Alguns fatores podem limitar a produção da soja, entre eles as doenças. A mancha- alvo (Corynespora cassiicola) é frequente nas em todas as regiões produtoras de soja no Brasil e nos últimos anos tem se atribuído prejuízos crescentes à doença. Os objetivos deste trabalho foram: determinar a faixa ideal de temperatura para o crescimento micelial de diferentes isolados de C. cassiicola; verificar a esporulação em função do meio de cultura; avaliar a germinação de conídios sob diferentes períodos de molhamento foliar; estudar o efeito da temperatura e molhamento foliar nos componentes monocíclicos e realizar estudos de quantificação de danos. Para avaliar o efeito da temperatura no crescimento micelial, diferentes isolados foram mantidos nas temperaturas de 5°C, 10°C, 15°C, 20°C, 25°C, 30°C e 35°C. A temperatura mínima e máxima estimada pela função beta generalizada para o crescimento micelial foi de 6,9°C e 33°C, respectivamente. A esporulação foi estudada nos meios de cultura BDA e Czapek. Os dados obtidos foram comparados por meio do teste Scott-Knott (P<0,05). A produção de conídios foi variável em função do isolado, tanto em meio BDA como Czapek. O ensaio de germinação foi feito em folhas de soja utilizando-se diferentes períodos de molhamento foliar (2, 6, 12, 24, 48 e 72 horas). A contagem de conídios germinados foi feita em microscópio eletrônico de varredura. A germinação de conídios na superfície das folhas foi verificada a partir do período de 6 horas. Para o estudo dos componentes monocíclicos as temperaturas testadas foram 10ºC, 15ºC, 20ºC, 25 ºC e 30ºC e os períodos de molhamento foliar foram 12, 24, 48 e 72 horas. As variáveis quantificadas foram a severidade, o número e o diâmetro das lesões. Os dados foram ajustados às funções beta generalizada e monomolecular. A temperatura mínima, máxima e ótima capazes de promover o desenvolvimento da mancha-alvo foram de 18°C, 32°C e 27°C, respectivamente. O período de molhamemto foliar de 48 horas resultou em maior desenvolvimento da doença. No ensaio de quantificação de danos, cultivares comerciais foram semeadas em duas épocas. Os componentes avaliados em campo foram: a severidade, a área foliar, o indice vegetativo da diferença normalizada (NDVI) e a produtividade (kg ha-1). Com o uso destes dados foram calculadas a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD), a área abaixo da curva de progresso do índice de área foliar (AULIAPC), o indice de área foliar (LAI), o indice de área foliar sadia (HLAI), a duração da área foliar sadia (HAD) e a absorção da área foliar sadia (HAA). Neste ensaio verificou-se que valores de severidade de até 37% no dossel inferior não causam danos no patossistema C.cassicola - soja. As variáveis HLAI e AULAIPC se correlacionaram com a produtividade e podem ser úteis para estudos futuros de quantificação de danos para este patossistema. (AU)

Processo FAPESP: 11/15722-6 - Componentes monocíclicos, eficiência fotossintética e quantificação de danos no patossistema Corynespora cassiicola - Soja
Beneficiário:Renata Moreschi Mesquini
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado