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Manejo do terceiro período do parto e suas repercussões no puerpério

Texto completo
Autor(es):
Mariana Torreglosa Ruiz
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Marli Villela Mamede; Ana Marcia Spano Nakano; Nadia Zanon Narchi
Orientador: Marli Villela Mamede
Resumo

O terceiro período do parto inicia-se após a expulsão do feto e termina com o desprendimento da placenta. A perda sanguínea pós-parto está diretamente associada com o tempo de desprendimento placentário e a contratilidade uterina. A recomendação do manejo ativo do terceiro período do parto pela ICM/FIGO e OMS se pauta nas evidências científicas do seu potencial em reduzir morbimortalidade materna. Este compreende as seguintes intervenções: administração profilática de ocitócitos, após o nascimento do bebê, clampeamento e secção do cordão umbilical precoces; tração controlada do cordão e massagem em fundo uterino, com a finalidade de reduzir a perda sanguínea pós-parto. Objetivo: identificar como é realizado o manejo do terceiro período clínico na condução de partos normais em uma maternidade-escola e analisar os resultados obstétricos no puerpério imediato. Metodologia: A amostra constituiu-se de 142 parturientes. A coleta de dados foi realizada por meio de observação não participante, respaldada por formulário testado previamente em estudo piloto. Resultados: A dequitação foi espontânea em 98,6% dos partos, com duração média de 8,79 ± 7,48 minutos. O clampeamento e secção precoces do cordão umbilical foram a intervenção mais realizada (93,7%); seguidos pela tração controlada de cordão (87,3%); massagem em fundo uterino (70,4%); contato precoce (52,8%); aleitamento precoce (34,5%); uso de ergotamina (3,5%). A ocitocina foi utilizada apenas como terapêutica adicional após o parto (73,9%), dosagem média de 9,48 ± 9,47 UI. Foram identificadas as seguintes complicações: sangramento em média quantidade (15,5%); curagem (4,2%) e sangramento em grande quantidade (3,5%). Não foi encontrado associação estatisticamente significantes ( teste exato de Fisher ) entre os componentes do manejo ativo e ocorrência de sangramento em média ou grande quantidade. Foi identificado associação significante entre o peso fetal (p= 0,043), e quase significância para a cor branca (p= 0,074) e o sangramento pós-parto. Não foi encontrada associação com outras variáveis independentes. Considerações finais: Embora o manejo ativo do terceiro período do parto apresente evidências científicas sobre sua eficácia, os resultados revelam que ainda persiste resistência em relação à sua aplicação e que muitos dos seus componentes não foram aderidos na instituição estudada, sendo realizado um manejo \"misto\" (componentes do manejo ativo e do manejo expectante). A presença de complicação bem como sua seriedade foi de pequena freqüência. Destacamos a necessidade de continuidade de estudos sobre a temática e especialmente quanto a avaliação objetiva da perda sanguínea e repercussões clínicas no puerpério. (AU)

Processo FAPESP: 06/02031-7 - O manejo do terceiro período do parto e suas repercussões no puerpério
Beneficiário:Mariana Torreglosa Ruiz
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado