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Bioagentes patogênicos em águas residuárias: destaque para giardia spp., cryptosporidium spp. bactérias indicadoras e vírus entéricos

Texto completo
Autor(es):
Karina Aparecida de Abreu Tonani
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Susana Segura Muñoz; Beatriz Rossetti Ferreira; Elayse Maria Hachich; Maria Tereza Pepe Razzolini; Evandro Watanabe
Orientador: Susana Segura Muñoz
Resumo

Esgotos urbanos constituem compartimentos ambientais que favorecem a emergência e re-emergência enfermidades de veiculação hídrica. Este estudo objetivou analisar cistos de Giardia spp., oocistos de Cryptosporidium spp., assim como cistos, ovos e larvas de outros protozoários e helmintos patogênicos; Coliformes Totais e Termotolerantes, Rotavírus e Adenovírus em amostras de esgoto bruto e tratado da Estação de Tratamento de Esgoto de Ribeirão Preto - SP. As coletas de esgoto foram realizadas no ponto de entrada e no ponto de saída da ETE-Ribeirão Preto/SP. As análises de cistos de Giardia spp. e oocistos de Cryptosporidium spp. foram realizados pelo Método 1623 da EPA. Ovos, cistos e larvas de outros protozoários e helmintos foram analisados pelo Método de Sedimentação proposto pela CETESB (1989). A análise de coliformes totais e termotolerantes foi realizada pela Técnica de Tubos Múltiplos (Colilert®). A análise de vírus foi realizada através do Teste de Elisa com o KIT da RIDASCREEN® Enzimaimunoensaio. Os resultados obtidos revelaram que a concentração de Giardia spp. no esgoto bruto variou de 120 a 2200 cistos/L, já no esgoto tratado essa concentração variou de 0,45 a 3,5 cistos/L. Com relação aos oocistos de Cryptosporidium spp. a concentração no esgoto bruto variou de não detectável a 28,9 oocistos/L e no esgoto tratado as concentrações variaram de não detectável a 1,05 oocistos/L. O processo de lodos ativados na ETE-RP promoveu uma remoção parcial de parasitas, tais como: Endolimax nana, Entamoeba coli, Entamoeba hystolitica, Ancylostoma sp., Ascaris sp. Fasciola hepatica e Strongyloides stercoralis, cujo fator de redução variou entre 18,2 e 100%. Pode-se observar que houve diferença estatisticamente significante entre o número mais provável de coliformes totais e termotolerantes no esgoto bruto e esgoto tratado, mostrando uma redução na concentração desses organismos indicadores após o tratamento do esgoto na ETE-Ribeirão Preto/SP. Não houve correlação significativa entre as concentrações de coliformes totais e termotolerantes em relação à concentração de cistos de Giardia spp. e oocistos de Cryptosporidium spp.. A análise de vírus mostrou resposta positiva para Rotavirus e Adenovirus em todas as amostras analisadas (esgoto bruto e tratado), mostrando menor absorvância no esgoto tratado. Os resultados obtidos contribuem para a identificação e caracterização de microorganismos de veiculação hídrica no esgoto tratado na ETE-RP, fornecendo dados úteis para a definição de políticas públicas de saneamento, referentes ao controle da qualidade microbiológica do esgoto no país. (AU)

Processo FAPESP: 07/58903-5 - Avaliacao de cryptosporidium spp., bacterias do grupo coliformes e virus em esgoto submetido a tratamento por lodos ativados e seu impacto na saude publica.
Beneficiário:Karina Aparecida de Abreu Tonani
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado