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Avaliação do comportamento da pressão arterial em pacientes transplantados renais através de três métodos de mensuração

Texto completo
Autor(es):
Fabiana Agena
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina (FM/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Elias David Neto; Maria Cristina Ribeiro de Castro; Angela Maria Geraldo Pierin
Orientador: Elias David Neto
Resumo

A hipertensão arterial apresenta alta prevalência entre os receptores de transplante renal sendo considerada um fator de risco cardiovascular importante influenciando na sobrevida do paciente e do enxerto. O objetivo principal deste estudo foi comparar se o controle da pressão arterial nos pacientes transplantados renais por meio da utilização de monitorização residencial da pressão arterial é mais comparável ao resultado da monitorização ambulatorial da pressão arterial quando comparada à medida da pressão arterial de consultório. No período de março de 2008 a abril de 2009, foram avaliados prospectivamente 183 pacientes transplantados renais, com tempo de transplante de 1 a 10 anos. Os pacientes foram submetidos a três métodos de medida de pressão arterial (PA): medida de pressão arterial em consultório, monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), e monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). Foram avaliados 183 pacientes, dentre eles 94 eram homens (54 %) e 89 mulheres (46 %). A idade média foi de 50 ± 11 anos. O tempo de transplante médio foi de 57 ± 32 meses. Noventa e nove pacientes receberam enxertos de doadores falecidos (54 %) e 84 foram receptores de doadores vivos (46 %). Quando avaliados usando a medida de PA obtida em consultório, 56,3% apresentavam-se PA elevada e 43,7% com PA normal com média de 138,9/82,3 ± 17,8/12,1mmHg. Entretanto, quando avaliados pela MRPA, 55,2% dos indivíduos apresentavam-se PA normal e 44,8 % apresentavam-se PA elevada com média de 131,1/78,5 ± 17,4/8,9. Utilizando a MAPA observamos que 63,9 % dos indivíduos apresentavam-se PA normal e 36,1 % dos indivíduos apresentavam-se PA elevada com média de 128,8/80,5 ± 12,5/8,1. Verifica-se que os dois métodos (Consultório e MRPA) tem concordância significativa com a MAPA, mas a MRPA tem uma concordância maior que a medida de Consultório, comprovado pelo teste Exato de Fisher, com valor descritivo de 0,026. Pelo teste de McNemar, verificamos que não há simetria nos dados nos dois métodos (MRPA e Consultório). Os índices de correlação linear de Pearson dos métodos, comparadas a MAPA, foram de 0,494 para medida de consultório e de 0,768 para MRPA, com a MRPA com melhor correlação com a MAPA. Comparando os erros dos dois métodos pelo teste t pareado, obteve-se o nível descritivo de 0,837, pelo qual concluí-se que o erro médio da PA de Consultório é igual ao do MRPA. Analisando a curva ROC para as medidas de PA em cada método, observa-se que a PA em consultório apresenta-se áreas sob a curva mais baixas que as obtidas pela MRPA em relação a MAPA. Concluí-se que os resultados pressóricos obtidos com a MRPA são mais comparáveis aos resultados obtidos pela MAPA em relação àqueles obtidos pela medida de consultório, sendo factível sua realização em um hospital publico (AU)

Processo FAPESP: 07/06403-9 - Avaliação do comportamento da pressão arterial em pacientes transplantados renais através de quatro métodos de mensuração
Beneficiário:Fabiana Agena
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado