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Contribuições da atividade canavieira para as concentrações de ozônio troposférico em Araraquara, SP

Texto completo
Autor(es):
Ana Paula Francisco
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Saúde Pública (FSP/CIR)
Data de defesa:
Membros da banca:
João Vicente de Assunção; Maria de Fatima Andrade; Luciana Vanni Gatti
Orientador: João Vicente de Assunção
Resumo

Objetivo: Avaliar a influência da atividade canavieira nas concentrações de ozônio troposférico em área urbana de Araraquara, SP. Método: Foram realizadas coletas passiva de ozônio e COV (Compostos Orgânicos Voláteis), na safra e entressafra de cana-de-açúcar 2011 2012, em 6 locais na área urbana, com exposição de 5 dias. Coleta ativa de COV foi realizada na área central durante 6 dias, não consecutivos, utilizando 24 coletores por dia com exposição de 1 hora cada um, totalizando 144 amostras. Coletas passivas de COV também foram realizadas em 3 situações: durante e após a queima de canavial e em área urbana, durante 1 hora cada, totalizando 9 amostras. A quali e quantificação dos COV foram realizadas por cromatografia gasosa, utilizando como pré-tratamento da amostra dessorvedor térmico e criogenia. A determinação de ozônio foi feita por cromatografia iônica com a quantificação de íons nitrato, produto da reação do ozônio com o absorvente químico. Além disso, foi realizada estimativa de emissões atmosféricas da atividade canavieira e urbanas para avaliar a participação dessas fontes de poluição na emissão de precursores de ozônio. Resultados: Concentrações médias de ozônio estiveram na faixa de 42,50±7,48 a 66,62±10,07 µg m-3, com média de 52,93±12,39 µg m-3, durante a safra de cana, e de 26,51±2,53 a 77,78±11,04 µg m-3, com média de 52,61±25,65 µg m-3, na entressafra. Os 11 COV identificados na atmosfera urbana de Araraquara estão associados à combustão de veículos automotores, com exceção do d-limoneno. Tolueno e d-limoneno foram os COV mais abundantes atingindo concentrações de 0,40 e 0,50 ppb, respectivamente. Detectaram-se diversos COV nas amostras coletadas nos canaviais durante a queima, destacando-se: eteno (51,59 por cento ), etano (11,14 por cento ), propeno (10,64 por cento ), butano (4,97 por cento ), tolueno (3,39 por cento ) e propano (2,21 por cento ). O eteno foi utilizado para caracterizar a emissão da queima de cana, sendo encontrado na atmosfera urbana na proporção de 13,31 por cento . Estimativa de emissão da agroindústria canavieira mostrou que a queima da palha contribuiu com cerca de 44 por cento de HCNM (Hidrocarbonetos Não-Metânicos) e os veículos pesados, a queima do bagaço e da palha corresponderam a 27 por cento da emissão de NOx (óxidos de nitrogênio). As emissões da frota veicular de Araraquara em 2011 contribuíram com 52,85 por cento e 65,55 por cento , respectivamente, para emissões de HCNM e NOx. Conclusões: A variação temporal das concentrações de ozônio foi mais significativa que a variação espacial, sendo setembro o mês com maiores médias de ozônio no inverno e fevereiro no verão. A estimativa de emissão indicou que as fontes urbanas e da agroindústria sucroalcooleira são significativas para emissão de precursores de ozônio. A identificação dos COV na atmosfera urbana de Araraquara revelou influência de fontes veiculares, de indústria de citrossuco e da queima de canaviais. Este estudo mostrou que a atividade canavieira é fonte emissora importante de precursores de ozônio, e portanto contribui para a formação de ozônio na área urbana de Araraquara, SP (AU)

Processo FAPESP: 10/03093-1 - Contribuições da atividade canavieira para as concentrações de Ozônio Troposférico em Araraquara, SP
Beneficiário:Ana Paula Francisco
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado