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Oiticica: limites de uma experiência limite

Texto completo
Autor(es):
Sara Cristiane Jara Grubert
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Carlos.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Fabio Lopes de Souza Santos; Miguel Antonio Buzzar; Agnaldo Aricê Caldas Farias
Orientador: Fabio Lopes de Souza Santos
Resumo

Este trabalho trata da trajetória artística de Hélio Oiticica, que se empenhou em entender e reformular o perfil do artista, seu lugar e papel na sociedade. Foi esse processo metódico e constante de experimentação e reflexão que o levou a expandir os limites dos suportes artísticos tradicionais, especialmente a partir de meados da década de 60. É realçada a importância da formação de Hélio Oiticica no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro para sua atuação posterior, aberta ao diálogo com um contexto mais amplo de debates e reflexões, que extrapolaram o limite artístico e possibilitaram a criação de espaços de debate públicos a partir de sua proposição artística. A partir dos Bólides (1963), Oiticica foi levado a buscar novas alternativas, reestruturando e até ressemantizando suas propostas anteriores. Evidencia-se, ainda, uma crise do projeto amplo de modernização, que atingiu também as instituições culturais. No bojo dessa crise ganharam força os eventos coletivos de protesto, a proposta de formulação de uma vanguarda, a invenção da tropicália, sua institucionalização no tropicalismo e o desmanche da cena cultural promovida pelo AI-5, durante a ditadura militar. É traçado, ainda, um paralelo entre as idéias de marginalidade e de underground. Na trajetória de Hélio Oiticica, ambos aparecem como forma de oposição à ordem instituída, propondo o livre pensar e o descondicionamento do sujeito, conceitos que se desenvolveram em seu período novaiorquino. Em Nova York, Oiticica chegava à formulação de que o Brasil seria automaticamente underground; nesse ponto ele concluiu que estaríamos condenados a um paradoxo entre um mercado de arte pouco profissionalizado e a liberdade total de criação. Constatava, então, o limite de sua trajetória artística que rompeu as barreiras entre a arte e a vida, com o propósito de resgatar sua potencialidade crítica. (AU)

Processo FAPESP: 03/04666-1 - Hélio Oiticica e a produção artística contemporânea: atualidade em quatro proposições do artista
Beneficiário:Sara Cristiane Jara Grubert
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado