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Alterações do Sistema Renina-Angiotensina na artéria carótida contralateral à lesão por cateter balão

Texto completo
Autor(es):
Vania Claudia Olivon
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Ana Maria de Oliveira; Fernando Barbosa Junior; Lusiane Maria Bendhack; Rita de Cassia Aleixo Tostes Passaglia; Carlos Renato Tirapelli
Orientador: Ana Maria de Oliveira
Resumo

Quinze dias após a lesão por cateter balão, observou-se que o efeito máximo da Ang II na artéria contralateral à lesão está aumentado em relação aos valores obtidos em artérias de animais intactos. Esse aumento do Emax da Ang II não é modificado na ausência do endotélio. A lesão por cateter balão não acarreta alterações morfológicas e morfométricas da artéria contralateral à lesão quando comparadas àquelas observadas na artéria de animais controle. A desenervação simpática com 6-hidrodopamina e a desnervação sensorial com capsaicina revertem o aumento do Emax da Ang II na artéria contralateral à lesão por cateter balão. As curvas concentração-efeito para o angiotensinogênio e para Ang I apresentam o mesmo perfil na artéria contralateral à lesão por cateter balão e na artéria de animais controle. Na presença do endotélio, o losartan (antagonista do receptor AT1) e PD 123,319 (antagonista do receptor AT2) antagonizaram de forma não-superável os efeitos contráteis da Ang II em artérias de animais controle e contralateral à lesão. Observou-se, ainda, que o efeito vasorelaxante de altas concentrações de Ang II é revertido para efeitos vasoconstrictores na presença dos antagonistas seletivos dos receptores AT1, Mas e B2, tanto em artérias de animais controle quanto em artérias contralaterais à lesão. Entretanto, o Emax da Ang II nessas condições é maior na artéria contralateral à lesão. Em artéria contralateral à lesão observou-se aumento na expressão dos receptores AT2 e Mas, enquanto receptores AT1 apresenta o mesmo perfil de expressão daquele observado em artéria de animais controle. A Ang (1-7) induz relaxamento em artérias com e sem endotélio. O parâmetro de Emax da Ang (1-7) está significativamente aumentado na artéria contralateral na presença e ausência de endotélio. O Emax da Ang II, em artérias controle com endotélio, na presença de inibidores da enzima NOS, está aumentada, enquanto que na artéria contralateral este parâmetro não sofre alteração. A produção dos metabólitos do óxido nítrico (nitrito e nitrato) está reduzida na artéria contralateral à lesão quando comparado ao observado em artérias de animais controle, bem como a expressão de todas as isoformas da NOS. A lesão por cateter balão promove aumento na formação de EROs na artéria contralateral à lesão, que desaparece na presença de tiron (seqüestrador de EROs). A lesão também induz aumento na expressão da enzima p22phox, subunidade do sistema NADPH oxidase. O Emax da Ang II em artéria contralateral à lesão na presença de Tiron é semelhante ao observado em artérias de animais controle na ausência do seqüestrador. Em conclusão, a lesão por cateter balão promove respostas neurocompensatórias e aumento do estresse oxidativo em artéria contralateral à lesão. Estas alterações podem influenciar a expressão do receptor AT2 e Mas, e também mecanismos intracelulares desencadeados pela ativação de receptores AT1 e Mas. (AU)

Processo FAPESP: 06/55066-2 - Alteracoes na cascata do sistema renina-angiotensina na arteria carotida contralateral a lesao por cateter balao.
Beneficiário:Vania Claudia Olivon
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado