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Efeito da irradiação do laser de CO2 e Nd:YAG sobre dentina e esmalte hígidos e erodidos quando submetidos a ciclagem erosiva in vitro

Texto completo
Autor(es):
Maisa Camillo Jordao
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Bauru.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB/SDB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Daniela Rios; Maria Cristina Borsatto; Ana Carolina Magalhães
Orientador: Daniela Rios
Resumo

O presente trabalho teve como objetivo avaliar in vitro o efeito de diferentes densidades de energia da irradiação com lasers de CO2 e Nd:YAG sobre o esmalte e dentina quando submetidos a erosão (fase 1) e depois avaliar o efeito do melhor parâmetro associado ao fluoreto na diminuição da erosão dentária, quando aplicados sobre esmalte e dentina hígidos e previamente erodidos (fase 2). Além disso, na fase 1 foi avaliado o efeito do recobrimento das estruturas dentárias com pigmento (corante foto absorvente) no desempenho do laser de Nd:YAG. Na fase 1, 130 blocos de esmalte e 130 blocos de dentina (dente bovino), foram igualmente e aleatoriamente divididos em 13 grupos (n = 10): C- sem tratamento (controle), Nd1 e Nd5- irradiação com laser Nd:YAG (42,45 J/cm2), Nd2 e Nd6- irradiação com laser Nd:YAG (56,6 J/cm2), Nd3 e Nd7- irradiação com laser Nd:YAG (84,9 J/cm2), Nd4 e Nd8- irradiação com laser Nd:YAG (99,05 J/cm2), CO1 - irradiação com laser CO2 (esmalte: 7,2 J/cm2; dentina: 3,6 J/cm2), CO2 - irradiação com laser CO2 (esmalte: 14,4 J/cm2; dentina: 7,2 J/cm2), CO3 - irradiação com laser CO2 (esmalte: 21,4 J/cm2; dentina: 10,7 J/cm2) e CO4 - irradiação com laser CO2 (esmalte: 28,8 J/cm2, dentina: 14,4 J/cm2). Nos grupos Nd5-9 foi feita aplicação de corante a base de carvão antes da irradiação com laser Nd:YAG. Antes da irradiação os blocos tiveram 2/3 de suas superfícies protegidas com esmalte cosmético para realização da perfilometria. Após a irradiação, os blocos foram submetidos à ciclagem erosiva, composta por 4 imersões diárias em bebida ácida por 2 minutos, seguida pela imersão em saliva artificial por 2 h, durante 5 dias. A perda de esmalte e dentina foram avaliados por meio da perfilometria após a aplicação do laser e após o 1º e 5º dia de ciclagem erosiva. Na segunda fase foi utilizado o grupo que obteve o melhor resultado numérico ou estatístico quanto à diminuição do desgaste. Assim 120 blocos de cada tipo de substrato foram divididos em 12 grupos (n = 10): C - controle sem erosão prévia; C+EP - controle com erosão prévia; Nd:YAG - irradiação com laser Nd:YAG (esmalte: 56,6 J/cm2 e dentina: 42,45 J/cm2); EP+Nd:YAG - erosão prévia seguida da irradiação com laser Nd:YAG; F - aplicação de AmF (1% F); EP+F - erosão prévia e posterior aplicação de AmF (1% F); Nd:YAG+F - irradiação com laser Nd:YAG e posterior aplicação de AmF (1% F); EP+Nd:YAG+F - erosão prévia seguida da irradiação com laser Nd:YAG e posterior aplicação de AmF (1% F); CO2 - irradiação com laser CO2 (esmalte: 28,6 J/cm2 e dentina: 10,7 J/cm2); EP+CO2 - erosão prévia seguida da irradiação com laser CO2; CO2+F - irradiação com laser CO2 e posterior aplicação de AmF (1% F); EP+CO2+F - erosão prévia seguida da irradiação com laser CO2 e posterior aplicação de AmF (1% F). Assim como na 1ª fase, antes da irradiação, os blocos foram protegidos (2/3) e após os tratamentos, os blocos foram submetidos à ciclagem erosiva previamente descrita. Os blocos foram avaliados por perfilometria como descrito. Os resultados foram submetidos à ANOVA ou Kruskal Wallis e Teste de Tukey (p<0,05), sendo que os dois tipos de lasers foram avaliados separadamente. Os diversos parâmetros do laser Nd:YAG não apresentam efeito preventivo em relação à erosão dentária independentemente do corante foto absorvente. Para o CO2 apenas as densidades de energia de 28,8 J/cm2 para o esmalte e 10,7 J/cm2 para a dentina apresentaram este efeito. A estrutura dentária previamente erodida resulta em maior desgaste quando comparada à estrutura hígida. A utilização de fluoreto na maioria das situações apresentou efeito preventivo em relação à erosão, no entanto a associação do fluoreto ao laser não apresentou efeito sinérgico, tendo sido observada uma diminuição do efeito preventivo do fluoreto. Considerando esses resultados, para os pacientes com risco de erosão dentária, a aplicação de fluoreto ainda é o tratamento com melhor resultado preventivo em relação à erosão dental. (AU)

Processo FAPESP: 09/12326-2 - Efeito da irradiação dos lasers de CO2 e Nd:YAG associados ou não ao fluoreto sobre dentina e esmalte hígidos e erodidos quando submetidos a erosão in vitro
Beneficiário:Maisa Camillo Jordão
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado