Busca avançada
Ano de início
Entree


Suicídio revolucionário: a luta armada e a herança da quimérica revolução em etapas

Texto completo
Autor(es):
Claudinei Cássio de Rezende
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Marília. 2014-06-11.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Filosofia e Ciências. Marília
Data de defesa:
Orientador: Marcos Del Roio; Antonio Carlos Mazzeo
Resumo

Com o objetivo de dilucidar o processo de exaurição da esquerda comunista no Brasil, esta dissertação analisa o construto acerca da teoria da revolução social na esquerda derrotada pela ditadura bonapartista, colocando em relevo a última fase do pensamento de Carlos Marighella. Perdendo pela primeira vez e definitivamente a hegemonia na esquerda comunista após a instauração, em 1964, da ditadura militar, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) congregou a última esquerda comunista organizada – objetivando a revolução social – que ainda mantinha substantiva inserção sindical, apoio das classes subalternas e posição de centro gravitacional dos movimentos sociais. Ao entrar em processo de depleção após a exacerbação da repressão, o PCB se diluiu numa constelação de agremiações que intempestivamente se desvincularam do interlocutor racional do trabalho, provocando nos movimentos sociais uma ablação do partido. Coordenando a imersão geral da esquerda comunista na luta armada, Carlos Marighella estruturou a Ação Libertadora Nacional (ALN), a mais substantiva facção oriunda da fratura pecebista. Por influência da então recente Revolução Cubana e por imposição violenta da ditadura, a ruptura tática efetuada por Marighella teve como princípio seu descrédito diante das organizações partidárias, motivando a sua convicção de que a guerra de guerrilhas nutriria a vanguarda da revolução brasileira. A análise imanente da integralidade dos escritos de Carlos Marighella desvela que sua inflexão que rumou em oposição à matriz tática pecebista – tática que o partido seguia pelo menos desde sua Declaração de Março de 1958, ancorada na orientação soviética da revolução pacífica e do binômio proletariado–burguesia – não experimentara um rompimento de aporte estratégico, retendo intacto o núcleo teórico pecebista mais infesto: a quimérica... (AU)

Processo FAPESP: 07/01998-4 - A Quimera do etapismo: Marighella e a Revolução Burguesa no Brasil.
Beneficiário:Claudinei Cássio de Rezende
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado