Busca avançada
Ano de início
Entree


Desgraça e felicidade como consequências de ações marginais

Texto completo
Autor(es):
Cristina de Souza Agostini
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Luiz Henrique Lopes dos Santos; Jose Carlos Baracat Junior; Adriane da Silva Duarte; Mario Rodrigues Videira Junior; Marco Antonio de Avila Zingano
Orientador: Luiz Henrique Lopes dos Santos
Resumo

Por meio da análise das ações de dois heróis de peças do teatro Ático antigo, o presente trabalho elabora uma comparação entre a construção de dois tipos de comportamento marginal, e entre as diferentes consequências advindas dessas condutas que se colocam à margem da sociedade dramática. Nesse sentido, a partir da caracterização da marginalidade do herói personagem-título, da tragédia de Eurípides, Hipólito, demonstrarei de que modo a escolha do rapaz pela virgindade está intrinsecamente ligada às consequências desgraçadas que se abatem sobre a casa de seu pai, Teseu. De fato, considero que porque Hipólito escolhe deliberadamente, ou seja, sem coerção física ou mental, viver à margem dos costumes de sua comunidade dramática, ele é completamente responsável por desencadear a vingança de Afrodite que arruinará a vida de sua família. Do mesmo modo, através da delimitação da atitude marginal do herói Diceópolis, da comédia de Aristófanes, Acarnenses, elaborarei de que modo da escolha que o personagem faz pela paz privada, transgressora em relação à decisão da maioria dos cidadãos pela continuidade da guerra, decorrem as consequências etílicas, sexuais e gastronômicas com as quais ele arca. Assim, o objetivo desse trabalho diz respeito a entrelaçar de que modo Hipólito é desgraçado por causa de suas ações marginais e o porquê Diceópolis é feliz graças à marginalidade de suas ações. E, em última instância, pretendo explicitar por quais vias tanto o personagem da tragédia quanto o personagem da comédia são responsáveis pelos frutos que colhem de seus modos de vida à margem. (AU)

Processo FAPESP: 08/05153-1 - A discussão sobre a tragédia e a comédia em Platão e em Aristóteles, e o questionamento político dos gêneros poéticos (do trágico e do cômico) nos festivais dionisíacos atenienses.
Beneficiário:Cristina de Souza Agostini
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado