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A tuberculose no interior das famílias: uma análise sobre conhecimento, atitudes e estigma social relacionados à doença

Texto completo
Autor(es):
Marcela Paschoal Popolin
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Ricardo Alexandre Arcêncio; Inês Santos Estevinho Fronteira; Ione Carvalho Pinto
Orientador: Ricardo Alexandre Arcêncio
Resumo

O estudo teve por objeto analisar o conhecimento, atitudes e estigma social relacionados à tuberculose em famílias de pacientes diagnosticados com essa doença, em Ribeirão Preto, SP. Trata-se de estudo epidemiológico analítico, de corte transversal, com amostragem do tipo probabilística, constituído por 110 familiares e coabitantes de pacientes de tuberculose diagnosticados entre 1 de janeiro de 2010 e 31 de julho de 2011. A coleta de dados ocorreu mediante entrevistas nos domicílios com um instrumento pré-testado na população de estudo entre 25 de julho e 31 de agosto de 2011. No plano de análise, foram contempladas a análise univariada com medidas de frequência, de posição e de dispersão; a análise bivariada, com dicotomização das variáveis dependentes e independentes, sendo aplicado o teste qui-quadrado para verificar a associação entre as mesmas. Foram calculados os Odds Ratio com respectivos intervalos de confiança de 95%. Adotou-se a probabilidade de erro tipo I de 5%. Procedeu-se, também, à regressão logística binária para identificar possíveis variáveis explicativas para o conhecimento sobre tuberculose nas famílias. Complementarmente, a autoria considerou as técnicas estatísticas analíticas de agrupamento por níveis hierárquicos e de correspondência múltipla. Especialmente, essas últimas foram aplicadas de forma simultânea para identificar perfis de famílias em relação ao estigma social. A maioria dos participantes foi composta pelo sexo feminino (n=85; 77,3%), com idade entre 39 e 59 anos (n=50; 45,4%) e ensino fundamental incompleto (n=58; 52,7%). Os resultados evidenciam que a escolaridade (Odds Ratio ajustado: 4,39; IC 95%: 1,11-17,35; p: 0,035), assistir televisão (Odds Ratio ajustado: 3,99; IC95%: 1,20-13,26; p: 0,024) e acessibilidade à internet (Odds Ratio ajustado: 5,01; IC95%: 1,29-19,38, p:0,019) foram variáveis que explicam o conhecimento das famílias. No tocante ao estigma social, quatro grupos foram identificados quando aplicados as análises de agrupamentos por níveis hierárquicos e correspondência múltipla. Verificou-se que dois grupos apresentaram o estigma social enquanto outros dois não apresentaram. Os dois primeiros grupos se caracterizaram com níveis escolares mais inferiores, acessibilidade incipiente aos meios de informação e pouca mobilização para a compreensão da doença. Os resultados denotaram que a tuberculose tem afligido grupos com maior vulnerabilidade social, demonstrando menos conhecimento sobre a doença e comportamentos mais estigmatizantes e de segregação. (AU)

Processo FAPESP: 11/16717-6 - A tuberculose no interior das famílias: uma análise sobre seu conhecimento, atitudes e estigma relacionados à doença
Beneficiário:Marcela Paschoal Popolin
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado