Estudo comparativo da detecção direta do parasito Babesia equi através das técnicas de esfregaço sanguíneo, reação de imunofluorescência indireta, cultivo celular in vitro e reação em cadeia de polimerase (PCR) em equinos naturalmente parasitados

Resumo

A piroplasmose equina é uma doença que acomete equídeos, causada pelos protozoários Babesia equi e Babesia caballi. É caracterizada por anemia hemolítica, pirexia, hepato e esplenomegalia, hemoglobinúria e bilirrubinúria em função da eritrólise que determina e, em alguns casos, até morte. Alguns animais se tornam carreadores, permanecendo neste estado por longos períodos e funcionando como uma fonte de infecção para os carrapatos vetores. A babesiose equina é considerada hoje, no mundo inteiro, como o principal impedimento para o trânsito internacional de cavalos. A importância da doença tem aumentado devido ao risco de sua transmissão a partir de equinos carreadores para uma população livre da piroplasmose. No Brasil, a exportação de equinos seria um importante impulso para a equideocultura local, mas infelizmente as barreiras sanitárias e a babesiose constituem-se no maior entrave para a aceitação do produto brasileiro no exterior. O desenvolvimento e viabilização de métodos de diagnóstico precisos, confiáveis e de baixo custo são necessários para avanços nos programas de profilaxia e controle. Com o objetivo de avaliar comparativamente diversas técnicas de diagnóstico, no que se refere à sensibilidade e especificidade, bem como a dinâmica da infecção natural de B. equi em equinos atendidos pela rotina ambulatorial do Hospital Veterinário "Governador Laudo Natel" da UNESP - Jaboticabal, quatro experimentos serão conduzidos: confecção de esfregaços sanguíneos, reação de imunofluorescência indireta, cultivo in vitro de B. equi e reação em cadeia da polimerase. (AU)