Esfingomielinases como candidatos vacinais contra leptospirose.

Resumo

A Leptospirose é uma importante zoonose que infecta tanto humanos como outros vertebrados. É uma doença que em muitos casos exige hospitalização, sendo fatal para 15% dos infectados. Devido à sua transmissão ocorrer através do contato com a urina de animais infectados, particularmente ratos e camundongos, seu controle é difícil, além de ser prejudicado por inundações e baixa qualidade de vida em países pobres. Até o momento, não há vacinas contra a leptospirose licenciadas para humanos, e as análises laboratoriais de detecção dessa infecção bacteriana são ainda deficientes. Com o recente seqüenciamento no Brasil do genoma de Leptospira interrogans - a bactéria causadora da leptospirose - um projeto de análise de potenciais candidatos vacinais está em andamento. Dentre os alvos primários desse projeto encontram-se as esfingomielinases, toxinas hemolíticas excretadas por Leptospira e que atuam na virulência desse patógeno, particularmente nas hemorragias que acometem os infectados por Leptospira. Pretende-se clonar, expressar, purificar e analisar essas esfingomielinases em sistemas heterólogos, para a realização posterior de ensaios de antigenicidade é imunogenicidade, com o intuito de desenvolver uma vacina antitoxina ou um componente de uma vacina composta contra a leptospirose. Além disso, as proteínas recombinantes de esfingomielinases serão caracterizadas e analisadas como possíveis antígenos para serem utilizadas em kits de detecção de leptospirose. (AU)