Diversidade de peixes residentes em cabeceiras de rios: uma abordagem cromossômica em três diferentes biomas aquáticos da Região Sul do Brasil

Resumo

O traço marcante da fauna de peixes da Mata Atlântica é seu grau de endemismo, resultante do processo de evolução histórica das espécies em uma área geomorfologicamente isolada das demais bacias hidrográficas brasileiras. Os ecossistemas aquáticos de Campos Sulinos fazem parte de grandes drenagens que atravessam variadas formações vegetais, inclusive de Mata Atlântica. Assim, a ictiofauna dos ecossistemas aquáticos do bioma Campos Sulinos é bastante heterogênea, pois compreende elementos de drenagens distintas, formando uma série de ambientes isolados propícios à diversificação de espécies de peixes residentes. A região do primeiro planalto paranaense conserva uma grande área de Mata Atlântica classificada como Floresta Ombrófila Densa, principalmente no que se refere à bacia do rio Ribeira. Na transição primeiro/segundo planalto encontra-se a Floresta Ombrófila Mista onde se localizam as nascentes de dois importantes tributários do rio Paranapanema, a exemplo do rio Jaguariaíva, que tem sua ictiofauna ainda desconhecida. Já no segundo planalto paranaense ocorre uma região de Campos onde se insere a maior parte da bacia o rio Tibagi. Desta forma, pretende-se caracterizar estas regiões quanto à diversidade citogenética de peixes, principalmente no que se refere a espécies residentes, as quais são reconhecidas por fixar mais facilmente rearranjos cromossômicos, constituindo assim uma fonte de variabilidade genética. (AU)