Economia metropolitana e mercado de trabalho: um estudo das regiões metropolitanas do Estado de São Paulo

Resumo

No mundo contemporâneo, as regiões metropolitanas, além de concentrarem parcela crescente da população, também são espaços econômicos que concentram estruturas produtivas com elevado grau de complexidade e diversificação. As relações econômicas de concorrência e de interdependência engendradas nestes espaços, num cenário de limitada regulação pública, têm contribuído para a conformação de mercados de trabalho fragmentados e heterogêneos. Com base nestas considerações, o objetivo geral deste projeto de tese de doutorado é o de estudar a influência da dinâmica econômica sobre o mercado de trabalho formal no espaço metropolitano paulista. Mais especificamente, pretende-se analisar as transformações ocorridas desde os anos 90 na estrutura produtiva nas regiões metropolitanas de São Paulo, de Campinas e da Baixada Santista, para em seguida examinar como tem evoluído a estrutura de emprego e remuneração. A principal hipótese formulada é a de que os resultados das transformações verificadas são muito mais complexos do que a tendência de polarização do mercado de trabalho levantada pela literatura internacional. Os mercados de trabalho das metrópoles paulistas, mesmo considerando os segmentos melhor organizados, parecem ter sido mais afetados pela precarização das condições e das relações de trabalho. As três metrópoles paulistas serão analisadas sob o referencial teórico da divisão inter-regional do trabalho. Sendo assim, serão discutidas as relações entre suas respectivas funções no contexto econômico estadual e nacional e suas particularidades em termos de configuração e mudanças do mercado de trabalho. (AU)