Desenvolvimento de biossensores baseados na interação antígeno-anticorpo para a detecção precoce de ferrugem asiática na soja

Resumo

O desenvolvimento de métodos analíticos rápidos, seguros e de baixo custo que venham a determinar possíveis contaminantes em matrizes agrícolas vem despertando o interesse de muitos pesquisadores nas últimas duas décadas. Devido a sua simplicidade de utilização e grande sensibilidade nos resultados, os biossensores têm conquistado espaço cada vez maior na área, principalmente pela possibilidade de realizar monitoramento contínuo e in vivo em tempo real com estes dispositivos, apresentando-se como substituintes potenciais das técnicas analíticas destrutivas ou que exijam elevadas quantidades de amostras, motivos que intensificam as pesquisas de interesse comercial. Na área de imunossensores (biossensores para imunoensaios), os sistemas de Microbalança de Cristal de Quartzo (QCM- “Quartz Crystal Microbalance) e de Ressonância de Plásmon de Superfície (SPR – “Surface Plasmon Resonance) são as técnicas mais recomendadas para o entendimento das interações antígeno-anticorpo, que entre outras vantagens, possuem a capacidade de dispensar o uso de marcadores, como as enzimas e os radioisótopos. A adsorção e a manutenção do imunocomposto sobre a superfície sensora constituem uma das etapas fundamentais no desenvolvimento de biossensores.Este projeto terá como modelo de imunoensaio a detecção do micélio da ferrugem asiática em amostras de soja, incluindo a possibilidade futura de portabilidade do sistema e realização das medidas in situ. Um biossensor para a ferrugem da soja poderá contribuir na redução substancial dos prejuízos causados pela dispersão do fungo Phakopsora pachyrhizi pelos estados brasileiros que podem alcançar U$ 1,7 bilhão.