Produção comercial de clones bovinos

Resumo

Desde as primeiras publicações em clones de animais adultos uma grande euforia foi observada na área de embriologia e na pecuária. Pesquisadores na área da bovinocultura, em especial, mostraram um grande interesse pelo assunto resultando em um crescimento exponencial no número de publicações e em centenas de clones nascidos no Brasil e no exterior. Desde então a técnica evoluiu das taxas inferiores a 1% de nascimento de animais viáveis para os níveis médios atuais de 6% descritos na literatura por vezes alcançando taxas de 30%. No Brasil grupos de pesquisa da FCAVJ-UNESP; FMVZ-USP; Embrapa Cenargen e FZEA-USP que já publicaram artigos descrevendo nascimentos de animais vivos. Do ponto de vista comercial a interação da Nucleogen (Clonest) com a FZEA-USP foi a primeira a descrever resultados, e entregar animais viáveis aos criadores proprietários no país (DBO Rural). Esta primeira fase do PIPE (sem financiamento) visou o desenvolvimento e domínio tecnológico de todas as fases necessárias para a produção comercial de clones bovinos, incluindo a produção dos embriões, a manutenção de gestação, o nascimento e os cuidados neonatais. Com o sucesso desta primeira fase houve o interesse de caminhar para uma estrutura autônoma, independente da universidade. Para esta proposta encontram-se contempladas: 1. uma estratégia comercial que inclui a modificação de venda de animal nascido para blastocisto (o que diminui o custo para os criadores e finalmente por receber semanalmente aumenta a liquidez da empresa); 2. uma estratégia técnica/científica mediante estudos de modificações no protocolo da fase 1 em dois pontos principais; 2.1 o sistema de produção das células e 2.2 o sistema de cultivo dos embriões, todas modificações visando a otimização do processo para melhorar as taxas de blastocistos, prenhez, nascimento e sobrevivência e consequentemente diminuir custos. Acreditamos que com estas modificações a empresa conquiste um status competitivo no país e no exterior. (AU)