Educação ambiental a luz da análise do discurso

Resumo

Pela legislação nacional sobre Educação Ambiental, cabe aos meios de comunicação colaborar de maneira ativa e permanente na disseminação de informações e práticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação (Lei 9.795/99, art. 3º, inciso IV). Estabelece-se, assim, o papel educativo da mídia na difusão de conhecimento e propulsão de representações sociais, que gerem conhecimento e práticas de sustentabilidade, voltadas â melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente, o que envolve recursos hídricos. O principal recurso hídrico brasileiro, e mundial, é o rio Amazonas; no entanto, em 2005, o rio sofreu uma perversa estiagem de implicações ambientais, sociais, econômicas, políticas, bem como psicossociais. Com base nessa situação-problema, busca-se analisar o discurso sobre o rio Amazonas como recurso hídrico em matérias jornalísticas na mídia impressa (Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo) e eletrônica (revistas Página 22 e Envolverde), representantes importantes, como veículos de massa, para observar o potencial educacional dos meios de comunicação. Pretende-se identificar e analisar, por meio da Teoria da Análise Critica do Discurso, as representações sociais (reproduzidas e (re)conceituadas no discurso jornalístico antes e depois da estiagem. Já que o caráter social das representações transparece na função de contribuir para os processos de formação de condutas e de orientação das comunicações sociais, o presente projeto tem como finalidade identificar as implicações das representações, veiculadas na mídia de massa, sobre o meio ambiente, relacionadas ao pensar e ao agir sobre o meio ambiente, para a efetivação da Educação Ambiental. (AU)