Desenvolvimento e validação de metodologia analítica para determinação de compostos fenólicos em azeite de oliva por eletroforese capilar

Resumo

O azeite de oliva virgem é obtido do fruto das oliveiras (Olea europaea L.) somente por meios mecânicos, e assim, os compostos minoritários originalmente presentes no fruto da oliveira são retidos no azeite. O mercado de azeite de oliva no Brasil apresenta vendas de aproximadamente 32.000 t, posicionando-o entre os 10 países de maior consumo no mundo. Hoje temos tentativas, embora muito modestas, de cultivo de oliveiras e de fabricação de azeite de oliva nacional. Estudos demonstraram uma menor incidência de doenças coronárias e câncer de cólon e de próstata entre os habitantes do Mediterrâneo, fato que vem sendo correlacionado ao consumo elevado de azeite de oliva, o qual contém substâncias fenólicos que agem como antioxidantes. Os compostos fenólicos constituem a fração minoritária do azeite de oliva, assim, são necessárias poderosas técnicas de separação e quantificação para a análise dos mesmos. A eletroforese capilar é uma opção atrativa para este tipo de análise devido à sua velocidade, resolução, simplicidade, baixos custos de operação e praticamente ausência de resíduos gerados. Com base no exposto, o objetivo deste projeto de pesquisa é desenvolver e validar uma metodologia para análise de compostos fenólicos em azeite de oliva virgem por eletroforese capilar, através da otimização das condições de extração, separação e quantificação, e em seguida, analisar e comparar o teor de compostos fenólicos em diferentes marcas de azeite de oliva virgem comercializadas no país, bem como dos azeites produzidos no Brasil. (AU)