Efeito do amadurecimento da azeitona sobre o teor de compostos fenólicos em azeites de oliva extravirgem produzidos na região sudeste do brasil

Resumo

O consumo de azeite de oliva extravirgem (EVOO) proporciona diversos benefícios à saúde e vem aumentando significativamente em vários países, inclusive no Brasil. Considerando-se os gastos bastante elevados para a importação do EVOO comercializado no país, surgiu o interesse em cultivar oliveiras no Brasil, de forma a produzir azeite de oliva brasileiro. Trabalhos prévios conduzidos em nosso laboratório analisando estes primeiros EVOOs brasileiros demonstraram que existe uma variação significativa no teor de compostos fenólicos entre diferentes colheitas, a qual pode ter origem tanto no cultivo da azeitona quanto na extração do azeite de oliva. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito do amadurecimento sobre o teor de compostos fenólicos das azeitonas e dos EVOOs produzidos a partir destas, avaliando-se diferentes variedades cultivadas na região sudeste do Brasil. Serão estudadas 6 variedades de azeitonas, produzidas em 4 localidades distintas (Campos do Jordão/SP; Maria da Fé/MG; Consolação/MG; e Três Corações/MG) e em 3 diferentes estádios de maturação, bem como os azeites correspondentes, tudo em duas colheitas sucessivas. A separação e identificação dos compostos fenólicos serão realizadas utilizando-se cromatografia líquida de alta eficiência em fase reversa acoplada à espectrometria de massas. Com este estudo espera-se compreender melhor o efeito das características edafoclimáticas sobre o amadurecimento da azeitona e como isso afeta o teor de compostos fenólicos das azeitonas e dos azeites de oliva extraídos destes frutos, de forma a obter um azeite brasileiro de qualidade e com um teor significativo de compostos fenólicos.