Avaliacao da importancia da triagem do hipotireoidismo, da suficiencia iodica e do estresse oxidativo em gestantes.

Resumo

Distúrbios tireoidianos são comuns em mulheres adultas em fase reprodutiva e se devem, principalmente, à deficiência de iodo ou a alterações imunológicas. As repercussões de uma disfunção tireoidiana na gestação são grandes, tendo em vista as profundas alterações hormonais e imunológicas que ocorrem neste período, bem como a dependência dos hormônios tireoidianos e do iodo maternos evidenciada no feto. Dados recentes demonstram excesso de ingestão de iodo em nossa população, o que pode levar a diversas alterações tireoidianas, especialmente no sexo feminino. Sendo assim, os objetivos deste estudo são: avaliar: 1. a importância da triagem do hipotireoidismo gestacional em bases clínicas, comparada com a dosagem de TSH; 2. verificar a suficiência iódica em gestantes da população de Ribeirão Preto através da dosagem da iodúria e 3. avaliar as concentrações de marcadores do estresse oxidativo em gestantes. Serão estudadas 200 gestantes com idade superior a 18 anos e tempo gestacional de até 14 semanas. Aquelas pacientes com diagnóstico prévio de disfunção tireoidiana serão excluídas do estudo. As gestantes serão avaliadas através de um questionário dirigido (ANEXO 1) para a detecção do hipotireoidismo em bases clínicas, além da aferição de dados do exame físico: peso atual, peso pré-gestacional, estatura, palpação da glândula tireóide freqüência cardíaca e pressão arterial. De acordo com a avaliação clínica, elas serão divididas em 2 grupos: 1) grupo sem suspeita de disfunção tireoidiana 2) grupo de risco para doença tireoidiana. Adicionalmente, serão coletadas uma amostra de sangue para as dosagens de TSH, T4 livre, T4 total, anticorpos anti-peroxidase (anti-TPO), Substâncias Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico (TBARS) e glutationa reduzida (GSH), vitaminas A e E e uma amostra de urina para dosagem da iodúria. (AU)