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Estudo comportamental do parasitismo social de rainhas no gênero Melipona usando etiquetas de rádio frequência

Processo: 11/21084-2
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Pesquisador Visitante - Internacional
Data de Início da vigência: 06 de fevereiro de 2012
Data de Término da vigência: 19 de fevereiro de 2012
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Zoologia - Comportamento Animal
Pesquisador responsável:Denise de Araujo Alves
Beneficiário:Denise de Araujo Alves
Pesquisador visitante: Tom Wenseleers
Instituição do Pesquisador Visitante: University of Leuven, Leuven (KU Leuven), Bélgica
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:10/10027-5 - Mediação comportamental, sinalização química e aspectos fisiológicos reguladores da organização social em himenópteros, AP.JP
Assunto(s):Sociobiologia  Biologia reprodutiva  Meliponini  Abelhas-sem-ferrão  Abelhas rainhas  Parasitismo social  Dispositivo de identificação por radiofrequência 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:aptidão | benefício diretos | Meliponini | programa de melhoramento | radio-tag | Sociobiologia | Biologia reprodutiva

Resumo

As sociedades de insetos são caracterizadas por avançada cooperação, mas ao mesmo tempo a complexidade de suas colônias as torna suscetíveis ao parasitismo reprodutivo. Nos últimos anos, casos em que operárias parasitas intraespecíficas, que penetram e se reproduzem em colônias não-aparentadas, têm sido documentados em vários grupos de insetos sociais. Contudo, o parasitismo realizado por rainhas é mais raro. No contexto de um projeto em colaboração entre a Universidade de São Paulo (Dra. Denise Alves) e a University of Leuven, no entanto, nós descobrimos recentemente um fenômeno intrigante em que rainhas de Melipona scutellaris, uma espécie de abelha sem ferrão, eram parasitas intraespecíficas (Wenseleers, Alves et al. 2011). Com base em evidências genéticas, este estudo mostrou que após a morte da rainha-mãe, as colônias de abelhas sem ferrão são frequentemente invadidas por rainhas não-relacionadas geneticamente, as quais vinham de outros lugares. Observações comportamentais diretas sobre esse fenômeno intrigante, no entanto, ainda são limitadas. Neste projeto, em associação com o atual projeto de pós- doutoramento da Dra. Alves (financiado pela FAPESP) investigaremos o parasitismo intraespecífico realizado por rainhas de Melipona com maior detalhe, a fim de descobrirmos se: 1) as rainhas parasitas são capazes de procurar ativamente colônias órfãs, e; 2) se a eficiência das operárias que guardam a entrada do ninho é reduzida, tornando a colônia susceptível à entrada de rainhas parasitas. Este estudo será conduzido com o uso de etiquetas de identificação por rádio frequência (RFID , Radio Frequency Identification Tag), uma tecnologia de rastreamento, que o Prof. Wenseleers trará da Bélgica, e que permitirá estudarmos os padrões de deslocamento das rainhas entre as nossas colônias experimentais de Melipona. Acreditamos que os resultados advindo de nosso projeto são importantes para futuros programas de criação de abelhas sem ferrão, nos quais as colônias de abelhas sem ferrão são selecionadas devidas às características ou “traços” desejáveis, como, por exemplo, a resistência ao calor (já que os programas atuais têm assumido que as rainhas recém-estabelecidas nas colônias sejam filhas da rainha substituída). Ao documentar que esse pode não ser sempre o caso, o nosso projeto sugere que as atuais práticas de criação de abelhas sem ferrão tenham de serem inteiramente revistas. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
VAN OYSTAEYEN, ANNETTE; ALVES, DENISE ARAUJO; OLIVEIRA, RICARDO CALIARI; DO NASCIMENTO, DANIELA LIMA; DO NASCIMENTO, FABIO SANTOS; BILLEN, JOHAN; WENSELEERS, TOM. Sneaky queens in Melipona bees selectively detect and infiltrate queenless colonies. ANIMAL BEHAVIOUR, v. 86, n. 3, p. 603-609, . (10/19717-4, 11/21084-2, 10/10027-5)