Investigação do biomaterial híbrido quitosana/poli (caprolatona) como barreira intraperitoneal; com foco na liberação controlada de quimioterapia intraperitoneal

Resumo

O tratamento de cânceres na região abdominal apresenta como grande vetor de complicação a disseminação células cancerígenas na cavidade abdominal e pélvica causando um aumento na recorrência de cânceres primários, como carcinomatose peritoneal (CP). Com esta maior incidência de carcinomatose peritoneal aumenta também a necessidade de cirurgias na região, causando o aparecimento de adesões peritoneais. Essas adesões podem causar infertilidade, dores e obstruções, além de aumentar o risco de insucesso em cirurgias futuras. Embora o peritônio tenha inúmeras funções tais como promover a secreção do líquido peritoneal, o armazenamento de gordura e reduzir a infecção na cavidade peritoneal, são poucos os biomateriais disponíveis para serem usados como barreira intraperitoneal. A pequena variedade de produtos, aprovados pelo FDA para o uso como barreira intraperitoneal, não fornecem nenhuma possibilidade de modificações para liberação controlada de fármacos, especialmente os focalizando casos de carcinomatose peritoneal. Por este modo o atual projeto visa à investigação do biomaterial quitosana/PCL como barreira cirúrgica para impedir a adesão intraperitoneal. O biomaterial policaprolactona se apresenta promissor a modificações para a adição de fármacos como 5-fluoracil (FU-5), fármaco utilizando em quimioterapia tópica contra carcinomatose peritoneal. (AU)