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Gestão de pessoas, mercado de trabalho e relações de trabalho no Brasil: uma análise dos modelos de gestão de pessoas no Brasil após o ano 2000

Processo: 13/26673-1
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2014
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2016
Área do conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Administração - Administração de Empresas
Pesquisador responsável:Wilson Aparecido Costa de Amorim
Beneficiário:Wilson Aparecido Costa de Amorim
Instituição Sede: Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados: Amyra Moyzes Sarsur ; Ana Carolina de Aguiar Rodrigues ; André Luiz Fischer ; Marcus Vinicius Gonçalves da Cruz
Assunto(s):Administração de recursos humanos  Gestão por competências  Relações de trabalho  Sindicatos  Mercado de trabalho 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Gestão Estratégica de Pessoas | Gestão por competências | mercado de trabalho | modelos de gestão de pessoas | Relações de Trabalho | Sindicatos | Administração de Recursos Humanos

Resumo

No início dos anos 1990, as tentativas de análise da relação entre a administração de recursos humanos e as condições mais gerais do ambiente econômico e político brasileiro mostravam um distanciamento entre os campos de conhecimento afins da questão. Na Administração, a mão de obra era geralmente tomada como mais um insumo a ser gerido e as relações de trabalho e algo incluído entre as variáveis a serem controladas pelas empresas. Em termos econômicos, o mercado de trabalho e, como parte e desdobramento dele, as relações de trabalho eram tratadas quase como um ruído indesejável ao processo produtivo. A literatura na teoria organizacional e na economia, em suma, era caracteristicamente prescritiva. A terceira abordagem teórica da questão estava nas Ciências Sociais. De enfoque principalmente marxista, sua abordagem analítica sobre as relações de trabalho raramente considerava o âmbito interno das organizações. Desde então, a economia brasileira passou por um longo processo de transição que, provavelmente ainda inconcluso, afetou de forma radical a gestão de pessoas nas organizações. O mercado de trabalho oferece um ponto de observação privilegiado para iniciativas de compreensão deste processo. O que se propõem aqui é uma abordagem que se posicione na interface da Administração, Economia e Sociologia para análise da gestão de pessoas no Brasil no período proposto. Este é um projeto de pesquisa aplicada voltada à identificação, caracterização e análise da maneira como as empresas no Brasil estão considerando as características do mercado de trabalho nacional e as relações de trabalho em suas estratégias de gestão de pessoas a partir do ano 2000. Considera-se que importantes mudanças estão em curso no mercado de trabalho brasileiro. Estas novas condições, combinadas com aspectos do ambiente econômico, trouxeram a queda na taxa de desemprego, elevação do rendimento médio dos trabalhadores e manutenção de elevadas taxas de rotatividade. Nas relações de trabalho, houve elevação do poder de barganha dos trabalhadores e o retorno consistente de movimentos grevistas. Esta pesquisa retoma uma linha de investigação que remonta à década de 1990 (FLEURY; FISCHER, 1992) (FISCHER, 1998) (CARVALHO NETO e 2010) (BARBOSA, 2005) e outros autores mais recentes como WOOD, TONELLI, COOKE (2011), AMORIM; FISCHER (2013). Em diferentes momentos, estes autores observaram grandes mudanças econômicas, sociais e institucionais no País e, na raiz de suas preocupações, constataram o distanciamento que a literatura e pesquisa relacionada à gestão de pessoas estabeleciam em relação às temáticas como a das relações de trabalho. A atividade de pesquisa se desdobrará em etapas que incluirão levantamento bibliográfico, utilização de bases de dados existentes sobre modelos de gestão de pessoas e mercado de trabalho, painel de especialistas e grupos de foco em São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte. Estas atividades contarão com o apoio de quatro pesquisadores associados. Para subsidiar este estudo, as seguintes vertentes teóricas ligadas às pesquisas sobre gestão estratégica de pessoas e modelos de gestão de pessoas foram consideradas: (i) gestão estratégica de pessoas (controle ou comprometimento) (ALBUQUERQUE, 2002); (ii) modelos de gestão de pessoas (FISCHER, 2002; LEGGE,1995; LENGNICK- HALL; LENGNICK- HALL, ANDRADE, DRAKE, 2009; DELERY, DOTY, 1996); (iii) relações de trabalho (KAUFMAN, 2010; CARVALHO NETO, 2010; BARBOSA, 2005; BREWSTER, 2007; AMORIM, FISCHER, 2013); (iv) mercado de trabalho no Brasil (DIEESE, 2012; DEDECCA, 2010). O intuito foi considerar aspectos descritivos e analíticos da estratégia e modelos de gestão de pessoas e suas relações com as condições estruturais e conjunturais do mercado de trabalho brasileiro, sem perder de vista a importância sob a perspectiva das relações de trabalho. As relações de trabalho surgem assim como ponto de contato entre os temas abordados na pesquisa. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
AMORIM, WILSON APARECIDO COSTA DE; CRUZ, MARCUS VINICIUS GONCALVES DA; SARSUR, AMYRA MOYZES; FISCHER, ANDRE LUIZ. HRM in Brazil: an institutional approach. REGE-REVISTA DE GESTAO, v. 28, n. 1, . (13/26673-1, 16/24434-8)