Ferro endovenoso versus ferro via oral no tratamento da anemia aguda pos-operatória de pacientes submetidas a abdominoplastia após a cirurgia bariátrica: ensaio clínico randomizado multicêntrico

Resumo

Os pacientes submetidos a cirurgia bariátrica para o tratamento da obesidade mórbida desenvolvem uma série de deformidades do contorno corporal após grandes emagrecimentos, principalmente na região do abdome. Tais excessos de pele e adiposidades residuais são tratados através da abdominoplastia pós-bariátrica. Entretanto, os pacientes pós-bariátricos, notadamente as mulheres adultas, apresentam tendência a deficiência de ferro e anemia. A anemia tem como causas principais a diminuição da ingestão de ferro, diminuição da secreção de ácido gástrico e a diminuição do contato dos alimentos com a área absortiva de ferro dos segmentos de duodeno e jejuno desviados do trato gastrointestinal na cirurgia bariátrica. A anemia é a segunda complicação mais frequente após a abdominoplastia pós-bariátrica. Trabalho publicado por MONTANO-PEDROSO et al. (2012) demonstrou que 45% das pacientes evoluem com deficiência de ferro após a abdominoplastia pós-bariátrica e que 8 semanas após a cirurgia as pacientes ainda não recuperaram seus níveis de hemoglobina pré-operatórios. A deficiência de ferro, por sua vez, pode causar sintomas de fadiga e contribui para a anemia.A administração de ferro endovenoso se apresenta como uma medida eficaz e segura para aumentar os níveis de hemoglobina em pacientes cirúrgicos. No entanto, não há estudos avaliando o uso do ferro endovenoso em pacientes submetidas a cirurgias plásticas pós-bariátricas. O Objetivo deste estudo é avaliar a eficácia do ferro endovenoso versus o ferro oral no tratamento da fadiga e na recuperação da anemia pós-operatória de pacientes submetidas a abdominoplastia pós-bariátrica através de um ensaio clínico randomizado. (AU)