Efetividade da implementação da Iniciativa Hospital Amigo da Criança para unidades neonatais - IHAC-Neo na prevalência do aleitamento materno em prematuros

Resumo

A Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) foi amplamente adotada no Brasil, no entanto, não considera o contexto complexo e altamente tecnológico das unidades neonatais e as dificuldades de amamentar o prematuro. Dessa forma, tem-se como hipótese que a intervenção IHAC adaptada para unidades neonatais (IHAC-Neo) é efetiva para o aumento da prevalência do Aleitamento Materno Exclusivo (AME) em prematuros na alta hospitalar, no primeiro mês pós alta e aos seis meses de idade cronológica dos prematuros. O objetivo deste projeto é avaliar a efetividade da implementação da IHAC-Neo, guiada pela transferência do conhecimento, no início precoce da amamentação materna, no aumento das taxas de AME na alta hospitalar, no primeiro mês pós alta e aos seis meses de idade cronológica dos prematuros, e na melhoria das condições de saúde do prematuro relacionados ao aleitamento materno durante a hospitalização. Trata-se de pesquisa de intervenção, com delineamento misto não randomizado simultâneo com estudo antes-depois, realizado em dois hospitais do Sudeste credenciados como Amigos da Criança, sendo uma unidade de intervenção localizada em Ribeirão Preto - SP e outra unidade controle no Rio de Janeiro - RJ. A IHAC-Neo será implantada guiada pelo modelo PARIHS (Promoting Action on Research Implementation in Health Services) da transferência do conhecimento e pela estratégia EPIC (Evidence-Based Practice Identification & Change). Três etapas serão essenciais para o desenvolvimento do projeto: coleta de dados antes da intervenção; implementação da intervenção; e avaliação da implementação e comparação com a unidade controle. Este projeto integra projeto multicêntrico intitulado "Aleitamento materno em prematuros: impacto da IHAC para unidades neonatais", financiado pelo MS/Decit/CNPq/Fundação Bill & Melinda Gates, processo nº 401628/2013-2, o qual já foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. (AU)