Estudo do proteoma do fluido epididimário, da membrana espermática e do plasma seminal e sua influência sobre a maturação espermática pós-testicular em garanhões

Resumo

Após a espermatogênese, o espermatozoide é incapaz de fertilizar o oócito. Importantes modificações ocorrem nos domínios de membrana e na funcionalidade da célula espermática durante a maturação epidimária, conferindo capacidade fecundante a estas células, e tais etapas ocorrem em completa ausência de expressão gênica. Desta forma, serão comparados parâmetros de cinética espermática, taxa de apoptose, produção de espécies reativas ao oxigênio (ROS) e peroxidação lipídica da membrana espermática em 10 segmentos do epidídimo equino. Além disso, será realizada a identificação e quantificação proteica do fluido epididimário, plasma seminal e membrana espermática de espermatozoides epididimário e do ejaculado, nos mesmos 10 segmentos, por abordagem proteômica moderna (análise shotgun -cromatrografia líquida bidimensional acoplada a espectrometria de massas com ionização electrospray e analizador quadropolo e tempo de vôo - ESI qTOF). Tais análises possibilitarão verificar detalhadamente as modificações morfofuncionais que ocorrem na célula espermática durante a maturação epididimária e na ejaculação e verificar possíveis associações das proteínas epididimárias com a funcionalidade do espermatozóide e consequentemente com a fertilização. A compreensão destas alterações será um passo inicial para o melhor entendimento da fisiologia reprodutiva masculina e do processo de fertilização. E do mesmo modo, servir de base para futuras pesquisas e possibilitar a obtenção de marcadores que permitam estabelecer o potencial fertilizante do garanhão, e após sua validação, podem ser utilizadas na distinção clínica entre fertilidade e subfertilidade. (AU)