Análise morfológica, do pico de torque isométrico e da taxa de desenvolvimento de torque dos músculos do quadril e suas relações com a cinemática e a cinética do membro inferior, pelve e tronco em mulheres com e sem dor patelofemoral

Resumo

Embora a etiologia da dor patelofemoral (DPF) ainda não esteja totalmente esclarecida, recentemente, fatores proximais à articulação do joelho, tal como a fraqueza dos músculos extensores e abdutores do quadril, têm sido relacionados à DPF. Apesar dos estudos demonstrarem que os sujeitos com DPF possuem fraqueza dos músculos do quadril, as possíveis causas dessa fraqueza ainda não foram estudadas, como a atrofia muscular. Além da força muscular, outros elementos da função muscular, como a taxa de desenvolvimento de força (torque), podem estar relacionados à DPF. Por fim, não se sabe se a força e a taxa de desenvolvimento de força dos músculos do quadril estão relacionadas à cinemática do tronco, pelve e membro inferior e à cinética do membro inferior (momentos articulares e estresse patelofemoral) em sujeitos com DPF. Assim, os principais objetivos do presente estudo são comparar a espessura dos músculos glúteo médio e máximo entre mulheres com e sem DPF; comparar a taxa de desenvolvimento de torque (força) dos músculos abdutores e extensores do quadril entre mulheres com e sem DPF; avaliar a relação do torque isométrico máximo e da taxa de desenvolvimento de torque (força) dos músculos abdutores e extensores do quadril com a cinemática do quadril, joelho, pelve e tronco e a cinética do membro inferior (momentos do quadril e joelho, e o estresse patelofemoral) durante o agachamento unipodal. Participarão do estudo 70 mulheres, com idade entre 18 e 35 anos, divididas em dois grupos: Grupo com DPF (n = 35) e Grupo Controle (n = 35). A espessura e o conteúdo de tecido não-contrátil serão mensurados por meio de ultrassonografia. A cinemática do membro inferior, pelve e tronco e a cinética do membro inferior serão avaliadas durante o agachamento unipodal utilizando o sistema Qualisys e uma plataforma de força Bertec. O torque isométrico máximo e a taxa de desenvolvimento do torque serão medidas no dinamômetro isocinético Biodex System 3. Testes de análise de variância multivariada serão utilizados para comparar as variáveis medidas entre os grupos e testes estatísticos de correlação serão utilizados para avaliar a relação entre as variáveis independentes e dependentes. (AU)