Metodologia alternativa para caracterização da radioatividade alfa e beta total nas águas

Resumo

Radionuclídeos gerados na estratosfera ou troposfera têm sido utilizados sem estudos hidrológicos, sobretudo para a datação de águas subterrâneas, também contribuindo como fonte natural de radioatividade nas águas elementos que estão presentes na Terra desde a sua formação como o urânio, tório e potássio. A crescente presença de radionuclídeos nos recursos hídricos em decorrência de processos tecnológicos (por exemplo, mineração/processamento de minerais portadores de radio elementos/fertilizantes fosfatados), testes nucleares, descarga de efluentes em instalações nucleares, conflitos armados utilizando artefatos nucleares, ou manuseio de fontes radioativas manufaturadas levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a estabelecer em sua legislação uma grande lista de radionuclídeos para os quais foram propostos valores de referência para a sua ingestão nas águas. Em função do tempo de análise, custo, e peculiaridades das técnicas analíticas utilizadas para a detecção de radionuclídeos específicos, a OMS tem recomendado testes iniciais envolvendo a caracterização da atividade alfa e beta total. Se os valores de referência propostos são ultrapassados, então, devem ser realizadas análises de radionuclídeos específicos. Neste projeto pretende-se aprimorar metodologia alternativa que tem sido utilizada para a caracterização da atividade alfa e beta global nas águas.