Materiais biohíbridos (Caulinita-aminoácidos) como sensores luminescentes de poluentes emergentes

Resumo

A contaminação dos rios e nascentes devido ao aumento das atividades industriais e da negligência as políticas ambientais tem sido um dos mais graves problemas da sociedade moderna. E a situação ainda é mais grave quando se trata dos poluentes orgânicos emergentes, oriundos do aumento do consumo de cosméticos, medicamentos e de artigos de limpeza que são despejados nos rios através dos esgotos domésticos. Devido à falta de pesquisas e sensores específicos para essa classe de poluentes, a cada dia se elevam os riscos sobre o bioma e a saúde humana. No contexto apresentado, o objetivo deste trabalho é a obtenção de sensores luminescentes para poluentes orgânicos emergentes tais como: hormônios, cafeína e metais potencialmente tóxicos, a partir de materiais biohíbridos estruturados a partir do argilomineral (caulinita) modificado com aminoácidos através do método de organofuncionalização. A escolha destes materiais, se deve ao fato do potencial de aplicação da caulinita, sua abundância e também o baixo custo, tendo suas propriedades melhoradas ou incrementadas pela sua modificação com moléculas orgânicas, neste caso, os aminoácidos que também são de baixo custo, biodegradáveis e multifuncionais. O sensor será sintetizado pela complexação do material obtido com o íon lantanídeo európio que apresenta altas intensidades de emissão (na forma de complexos organometálicos) e longos tempos de vida de emissão, o que aumenta sua seletividade comparado aos métodos de detecção convencionais, tornando-o bastante atraente para aplicação em sensores luminescentes de diversos contaminantes.