Elucidação do mecanismo de complexação de organometálicos entre extratantes orgânicos e elementos terras raras

Resumo

O principal problema na separação de metais terras raras em produtos puros (acima de 99%) se deve por duas razões. A primeira pela concentração baixa em que estes metais geralmente estão presentes em solução (concentrações inferiores a 10ppm), e segundo pela semelhança química. Por esta razão, empresas comercializam óxidos de diversos elementos terras raras, sendo este produto com valor agregado menor do que se fossem óxidos puros. A principal técnica utilizada para a separação por solventes. Apesar da técnica ser empregada por sua elevada capacidade de separação em comparação à outras, ainda não é possível separar os principais elementos terras raras do grupo dos lantanídeos (como o lantânio, cério, neodímio e praseodímio). Estudos recentes apontam a possibilidade de se utilizar a mistura de extratantes orgânicos para aumentar a capacidade de separação. Assim, o presente projeto de pesquisa estudar a formação de complexos organometálicos, isto é, solventes orgânicos e elementos terras raras. Os três primeiros metais terras raras que serão abordados serão o lantânio, o cério e o neodímio, principalmente devido suas aplicações em tecnologias verdes. Outros poderão ser abordados, tais como praseodímio, ítrio e escândio. Os extratantes orgânicos que serão estudados é o Cyanex 923, Versatic 10 e o D2EHPA. Os extratantes serão diluídos em querosene e serão misturados com a solução aquosa contendo os metais terras raras. Após a reação, a solução aquosa será analisada em ICP-OES, e a fase orgânica será analisada em FT-IR.