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Desenvolvimento de cicatriz imunológica e comprometimento de resposta tecido-específica pós-COVID-19

Processo: 23/00532-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2023
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Imunologia - Imunologia Celular
Pesquisador responsável:Denise Morais da Fonseca
Beneficiário:Marcelo Valdemir de Araujo
Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:21/06881-5 - Eixo intestino-pulmão: entendendo a comunicação imunológica entre tecidos de barreira no desenvolvimento de doenças, AP.JP2
Assunto(s):COVID-19   Imunidade nas mucosas
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cicatriz imunológica | Covid-19 | Imunidade de mucosa | Imunologia de Mucosas

Resumo

Episódios infecciosos podem comprometer definitivamente as respostas imunes tecido-específicas, principalmente na mucosa. No Laboratório de Imunologia de Mucosas (ICB/USP), estudamos os efeitos a longo prazo de episódios agudos de infecção na mucosa intestinal e pulmonar. Após certos modelos de infecção gastrointestinal aguda (Y. pseudotuberculosis, T. gondii e Citrobacter rodentium) pode ocorrer aumento da permeabilidade e extravasamento do conteúdo dos vasos linfáticos que drenam o intestino. De fato, determinados patógenos intestinais são capazes de promover a remodelamento do sistema linfático local, interrompendo, assim, a comunicação imunológica no intestino. Essa cicatriz imunológica pode comprometer a imunidade tecidual a longo prazo, em particular a indução de tolerância oral e imunidade na mucosa intestinal. Este fenômeno foi descrito para infecção bacteriana (por exemplo, por Yersina pseudotuberculosis), mas também é sabido que estas cicatrizes imunológicas prejudicam também a função do estroma tímico e a geração de linfócitos naïves (por exemplo, pós-infecção por Toxoplasma gondii) ou ainda podem comprometer o repertório de linfócitos (por exemplo, pelo vírus do sarampo ou influenza). Considerando que o SARS-CoV-2, vírus responsável pela atual pandemia de COVID-19, causa uma inflamação intensa não só no pulmão, mas também na mucosa intestinal, levantamos a hipótese de que a inflamação pulmonar aguda por coronavírus pode induzir alterações no mesentério e vice-versa, levando ao remodelamento crônico e gerando uma cicatriz imunológica que compromete a imunidade dos tecidos de mucosa em geral. Este plano de trabalho inclui o subprojeto descrito no AIM III da proposta JP-2 e tem como objetivo caracterizar a função do sistema imune associado ao intestino após COVID-19, a fim de estudar o desenvolvimento de cicatrizes imunológicas e comprometimento da resposta imune tecido-específica intestinal (tolerância oral e imunidade a patógenos) após infecção por coronavírus.

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
DE SOUZA, ALEX JUNIOR SOUZA; DE SOUZA, ANTONIO FRANCISCO; ZIMPEL, CRISTINA KRAEMER; AYUPE, MARINA CACADOR; DE ARAUJO, MARCELO VALDEMIR; MACHADO, RAFAEL RAHAL GUARAGNA; SALLES, ERIKA; SALGADO, CAIO LOUREIRO; TAVARES, MARIANA SILVA; SILVA-PEREIRA, TAIANA TAINA; et al. Hepatic endotheliitis in Golden Syrian hamsters (Mesocricetus auratus) experimentally infected with SARS-CoV-2. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v. 66, p. 6-pg., . (21/02736-0, 21/06881-5, 20/06409-1, 23/00532-4, 17/24769-2, 20/07251-2, 19/10896-8, 20/09149-0, 16/20045-7)