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Produção de concentrados zeolíticos a partir de lodos de ETA

Processo: 23/02665-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2023
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2025
Área de conhecimento:Ciências Exatas e da Terra - Química
Acordo de Cooperação: SABESP
Pesquisador responsável:Cauê Ribeiro de Oliveira
Beneficiário:Thais Beatriz Miqueleti de Sena
Instituição Sede: Embrapa Instrumentação Agropecuária. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Brasil). São Carlos , SP, Brasil
Empresa:Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Brasil). Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). Embrapa Instrumentação Agropecuária
Vinculado ao auxílio:20/12210-3 - Desenvolvimento de alternativas tecnológicas para uso de lodo de ETA como matéria-prima para produção de fertilizantes de liberação controlada, AP.PITE
Assunto(s):Química de materiais   Fertilizantes   Síntese   Zeolitas   Lodo   Estações de tratamento de água
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Fertilizantes | Iodo de estação de tratamento de águas | Síntese | Zeolitas | Química de materiais

Resumo

Este projeto terá como objetivo principal definir as condições necessárias para síntese de concentrados zeolíticos utilizando lodos selecionados de ETAs como material de partida. Inicialmente, serão solicitados junto à SABESP amostras representativas de lodos de ETAs, coletadas em períodos diferentes do ano e em estações consideradas modelo pela empresa, para avaliação da variabilidade do resíduo. Até 10 amostras deverão ser selecionadas em contato com a SABESP, buscando limitar o universo composicional em um range representativo que possa, futuramente, facilitar o escalonamento da produção dos concentrados. Para correção da estequiometria favorável para precipitação de zeólitas (1:1 mol Si:Al) poderão ser feitas misturas entre lodos de diferentes fontes ou correções com fonte de Si comum (areia quartzosa). Caso a razão Si:Al seja maior que 1 (excesso de Si), não será feita correção considerando-se que todo Al deverá precipitar, restando quartzo residual. O residual de Fe (sais e óxidos) não será considerado na síntese, supondo-se que no meio alcalino estes deverão precipitar como hematita (Fe2O3), menos crítica para imobilização de fosfatos que sais e compostos de alumínio (e.g. bohemita, AlOOH ou outras aluminas de transição). A partir destas amostras, serão sintetizados concentrados zeolíticos pelo método de digestão direta do rejeito com estequiometria ajustada em KOH 3 a 5 mol.L-1, em agitação lenta em temperaturas entre 70 e 90oC e períodos de 24 a 48 h de envelhecimento. A adição de zeólitas finamente moídas (chabazita ou clinoptilolita) poderá ser feita para atuar como gérmen de cristalização. Dada a limitação de custo da aplicação, não serão feitas etapas subsequentes de cristalização (hidrotermalização), porém, dependendo da eficiência do processo, será testada laboratorialmente a cristalização em autoclave em temperaturas de 100 a 150oC/24 durante 24 a 48 horas para avaliação do ganho potencial no tempo total de síntese. Essas condições já foram testadas na Embrapa Instrumentação para síntese de zeólitafaujasita1e ZSM-5.2. É importante enfatizar que a atividade buscará a rota de produção com menor número de operações unitárias, sendo desnecessária a lavagem do gel precipitado, já que o KOH excedente terá função fertilizante. A concentração de KOH será otimizada durante o processo de síntese para a minimização de consumo, visando o controle da basicidade do produto final.O produto final deverá ser uma mistura de zeólitas e outras fases minerais, que será avaliada por técnicas de caracterização padrão (análise mineralógica por difração de raios X, análise química por absorção em chama, avaliação morfológica por microscopia eletrônica de varredura, análise da área superficial e volume de poros por fisisorção de N2, capacidade de troca de cátions por titulação, entre outras técnicas disponíveis na Embrapa Instrumentação). Um aspecto importante é a efetiva imobilização de Al na estrutura zeolítica, que será avaliada pela análise química do meio reacional após centrifugação e por teste de incubação em solos. Os materiais serão homogeneizados em um solo (a escolher) em mistura com um fertilizante fosfatado solúvel (e.g. MAP), mantendo a mistura em incubação em temperatura e umidade controlada por períodos de até 48 dias. A análise do fósforo trocável por resina, após este período, indicará se de fato o processo de produção do concentrado zeolítico reduziu a capacidade de imobilização de fósforo, a partir da comparação com controle negativo (sem fertilizante e sem concentrado) e positivo (com fertilizante e sem concentrado). Variações no ensaio poderão ser feitas, para evidenciar que o lodo de ETA após tratamento não tem efeitos de imobilização de fósforo apreciáveis. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
MACHADO, RAQUEL CARDOSO.; VALLE, STELLA FORTUNA DO; SENA, THAIS BEATRIZ MIQUELETI; PERRONY, PAUL ESTEBAN PHEREZ; BETTIOL, WAGNER; RIBEIRO, CAUE. Aluminosilicate and zeolitic materials synthesis using alum sludge from water treatment plants: Challenges and perspectives. WASTE MANAGEMENT, v. 186, p. 15-pg., . (22/09773-1, 20/12210-3, 23/02665-1, 23/01549-8)