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Efeitos de esquemas de reforçamento sobre respostas de observação e superseletividade de estímulos

Processo: 23/07516-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2023
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2025
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia Experimental
Acordo de Cooperação: CNPq - INCTs
Pesquisador responsável:Gerson Aparecido Yukio Tomanari
Beneficiário:João Lucas Bernardy Cardoso
Instituição Sede: Instituto de Psicologia (IP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:14/50909-8 - INCT 2014: Comportamento, Cognição e Ensino (INCT-ECCE): aprendizagem relacional e funcionamento simbólico, AP.TEM
Bolsa(s) vinculada(s):24/07401-5 - Efeitos da duração do modelo na sensibilidade ao reforço e na alocação de respostas de observação, BE.EP.PD
Assunto(s):Análise experimental do comportamento   Controle do estímulo   Tecnologia de rastreamento ocular
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:controle de estímulos | esquemas de reforçamento | Rastreamento dos olhos | Respostas de Observação | Super seletividade de estímulos | Análise Experimental do Comportamento

Resumo

Segundo Sidman (2000), a contingência de reforço é a égide do comportamento simbólico, sendo que quaisquer elementos positivos de uma contingência passam a compor classes de equivalência. O interesse no tema se justifica pela possibilidade de uma análise experimental do comportamento humano complexo, mas também por sua aplicação ao ensino de repertórios simbólicos para pessoas com desenvolvimento típico ou atípico. Justamente por isso, o tema tem sido alvo de boa parte dos estudos desenvolvidos pelos pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia sobre Comportamento Cognição e Ensino (INCE-ECCE). Tradicionalmente, o ensino de classes de equivalência se dá por meio do procedimento de pareamento de acordo com o modelo, no entanto, essas condições de ensino nem sempre são suficientes para a formação de classes. Outros fatores, muitas vezes negligenciados, podem modular os efeitos das contingências de treino a ponto de comprometer o controle por estímulos e a emergência do comportamento simbólico. Um desses fatores é o controle restrito de estímulos, por vezes chamado de superseletividade. Essa, por sua vez, é inferida a partir da decomposição dos estímulos em condição de teste. No entanto, a medida do movimento dos olhos permite uma análise direta das respostas de observação e do controle de estímulos exercido por componentes de estímulos compostos. O problema do controle restrito e da superseletividade de estímulos convida pesquisadores da área de controle de estímulos a investigar o efeito de componentes frequentemente negligenciados das contingências de treino. Um desses aspectos é a própria contingência de reforço, mais especificamente, os esquemas de reforçamento empregados durante o treino. Estudos com pombos indicam o efeito de diferentes taxas de reforçamento sobre o controle exercido por diferentes componentes de estímulos compostos. Apesar do papel central do reforçamento no controle por estímulos, a investigação sobre os efeitos de diferentes esquemas sobre o comportamento de atentar-se e a superseletividade apresenta resultados ambíguos. Koegel e colaboradores (1979) conduziram um estudo com doze crianças autistas expostas a um treino de discriminação com múltiplos estímulos. As crianças foram expostas a duas condições de treino: um treino em CRF e outro treino em CRF seguido de 100 tentativas em esquema VR3. Os resultados indicam que o treino adicional em VR reduziu significativamente a superseletividade. Esses resultados também vão ao encontro dos efeitos do aumento do número de tentativas de teste em extinção (Schreibman et al., 1977). Por outro lado, há também estudos indicando resultados contrários. Reynolds e Reed (2011), por exemplo, conduziram quatro experimentos nos quais não foram encontradas diferenças entre treino em CRF e reforçamento intermitente. Mais ainda, a superseletividade foi reduzida pela extensão das condições de treino, independentemente do esquema de reforçamento. Os resultados levaram os autores a concluir que a superseletividade pode ser um caso particular de aquisição tardia do controle por estímulos em vez de um problema atencional. Dada a ambiguidade e relativa escassez de estudos dedicados ao tema na literatura, o objetivo deste projeto é a investigação dos efeitos de parâmetros de esquemas de reforçamento sobre respostas e observação e aprendizagem simbólica. Além disso, o planejamento deste projeto inclui participação ativa no ALEPP-PLH, que tem por objetivo o ensino de português a crianças brasileiras residentes no Japão. Sendo assim, prevê-se uma proposta de Bolsa Estágio em Pesquisa no Exterior (BEPE), com duração de seis meses, em instituição japonesa, com o objetivo de contribuir para implementação e desenvolvimento do ALEPP-PLH bem como expandir a rede de colaborações internacionais do INCT-ECCE. A BEPE está prevista para o terceiro semestre de vigência da bolsa, sendo assim, estará condicionada à extensão do prazo por 12 meses. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
BENVENUTI, MARCELO FROTA; BERNARDY, JOAO LUCAS; DE TOLEDO, THAIS NOGARA; SANTIAGO, JESSICA; SIQUEIRA, JOSE DE OLIVEIRA; SILVEIRA, PAULO SERGIO PANSE. The role of schedules of reinforcement in the experimental analysis of social behavior. PERSPECTIVES ON BEHAVIOR SCIENCE, v. 47, n. 4, p. 22-pg., . (23/07516-4, 14/50909-8, 23/02669-7)