Mecanismos moleculares e hormonais na maturação final do oócito e ovulação de lambari (Astyanax altiparanae): estudo in vivo e in vitro

Resumo

A consecutiva queda no último quinquênio de ~5% ao ano na produção aquícola de espécies tropicais nativas (~ 30% da produção aquícola nacional) está associada, entre outras razões, à imprevisibilidade no sucesso da produção de formas jovens. O lambari é um excelente modelo para este tema por ser de pequeno porte e ciclo de produção curto, além de estar em ascensão e expansão do mercado, principalmente de iscas. Nosso objetivo é então investigar e preencher uma lacuna histórica sobre os mecanismos moleculares e hormonais que controlam a maturação final e ovulação com foco nos receptores dos hormônios indutores. Objetivamos também estudar a expressão espaço-temporal dos receptores de LH, progesterona e prostaglandinas in vivo e in vitro; e partir disso, ajustar e propor um protocolo de indução hormonal ainda mais eficiente para essa e outras espécies migradoras; usando de forma inédita ferramentas in vitro para esta finalidade em espécies nativas. Para isso, serão conduzidos consecutivos experimentos com protocolos ajustados para espécie e recentemente divulgados (Roza de Abreu et al., 2021 e 2022), adicionando agora o extrato bruto de hipófise de lambari para indução hormonal (patente por nos depositada em 2021: BR10202101833). Nestes experimentos, com distintos protocolos, serão realizadas coletas em diferentes tempos para coleta de sangue, para análise do perfil hormonal plasmático; gônadas, para RT-qPCR, histologia, immunohistoquímica e hibridização in situ (RNAscope); e hipófise, para análise da expressão gênica de lhb. Pretendemos avançar no entendimento das razões para as falhas das desovas lançando agora um novo fovo sobre os receptores dos hormônios injetados. (AU)