Qualidade microbiologica da agua consumida por frangos de corte mantidos em dois sistemas de bebedouros.

Resumo

A água é considerada importante fonte de veiculação de patógenos para as aves e, sua qualidade higiênico-sanitária, nunca foi motivo de muita investigação. A alta tecnificação da avicultura exigiu um controle mais rígido das possíveis fontes de contaminação. A análise de coliformes totais e fecais tem sido utilizada como indicador da qualidade microbiológica da água, sendo esta última presuntiva para Escherichia coli; bactéria indicadora de poluição fecal. As aves bebem água, geralmente, em bebedouros tipo "pendular" onde a água fica estacionada e exposta às condições ambientais em contato com poeira, restos de ração e elevadas temperaturas. Práticas de limpeza manual periódicas são realizadas na tentativa de reduzir esta contaminação. Recentemente, têm sido introduzidos bebedouros tipo “chupeta" do inglês "Nipple"; considerados mais higiênicos por trabalharem em sistema fechado. A água considerada microbiologicamente imprópria para o consumo é tratada com produtos, geralmente, a base de cloro. Nas condições de criação avícola, este é adicionado no reservatório de água, perdendo grande parte de sua ação até o ponto de consumo pelas aves. Neste trabalho serão avaliados os sistemas de bebedouros tipo "pendular" e o "chupeta"; quanto à contaminação microbiológica presente, a variação desta contaminação até o ponto de consumo pelas aves e, a eficiência de uma higienização controlada dos bebedouros em sistema aberto e a já praticada comumente nas granjas. Serão realizados dois níveis de cloração, 2ppm e 5ppm de cloro residual livre, para se manter níveis efetivos de cloro até o ponto de consumo pelas aves. Será realizada a análise microbiológica de carcaças condenadas em nível de abatedouro para verificar a presença de E coli nos sacos aéreos. (AU)