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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Morfologia craniana dos remanescentes ósseos humanos da Lapa do Santo, Lagoa Santa, Minas Gerais, Brasil: implicações para o povoamento das Américas

Texto completo
Autor(es):
Walter Alves Neves [1] ; Mark Hubbe [2] ; André Menezes Strauss [3] ; Danilo Vicensotto Bernardo [4]
Número total de Autores: 4
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo - Brasil
[2] The Ohio State University - Estados Unidos
[3] Max Planck Institute for Evolutionary Anthropology - Alemanha
[4] Universidade Federal do Rio Grande - Brasil
Número total de Afiliações: 4
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciênc. hum.; v. 9, n. 3, p. 715-740, 2014-12-00.
Resumo

A região cárstica de Lagoa Santa tem sido de suma importância para as discussões sobre o tempo e o modo da dispersão dos primeiros americanos. A Lapa do Santo, escavada na última década, originou uma das maiores coleções de esqueletos humanos desta região. Neste trabalho, investigamos as afinidades morfológicas dos esqueletos da Lapa do Santo com outras amostras esqueletais de Lagoa Santa e da Colômbia, contextualizando-as dentro da variação morfocraniana existente hoje no planeta. Nossas análises, realizadas sobre um total de 2.059 crânios (1.071 masculinos e 988 femininos), estão baseadas em duas abordagens multivariadas, com o objetivo de caracterizar a variabilidade intra e intergrupos das 24 séries incluídas no trabalho. Nossos resultados mostram que os crânios da Lapa do Santo, bem como de outras séries de Lagoa Santa, não mostram níveis mais elevados de variabilidade intragrupal do que as séries modernas usadas como comparação, sugerindo que elas representam uma mesma população biológica. Concluímos também que os esqueletos mais antigos da América do Sul, incluindo os da Lapa do Santo, mostram fortes afinidades morfológicas com as populações australo-melanésias e da ilha de Páscoa. Tais resultados sugerem que houve um aumento na diversidade biológica no continente americano durante o Holoceno Médio, possivelmente devido ao influxo de diversidade extracontinental após a colonização inicial das Américas. (AU)

Processo FAPESP: 04/01321-6 - Origens e microevolução do homem na América: uma abordagem paleoantropológica (III)
Beneficiário:Walter Alves Neves
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Temático
Processo FAPESP: 08/58729-8 - Diversidade craniana humana e suas implicações evolutivas
Beneficiário:Danilo Vicensotto Bernardo
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado