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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Fotoaclimatação em uma população tropical de Cladophora glomerata (L.) Kützing 1843 (Chlorophyta) do sudeste do Brasil

Texto completo
Autor(es):
AIN. Bautista [1] ; O. Necchi-Júnior [2]
Número total de Autores: 2
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Estadual Paulista. Departamento de Zoologia e Botânica - Brasil
[2] Universidade Estadual Paulista. Departamento de Zoologia e Botânica - Brasil
Número total de Afiliações: 2
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Brazilian Journal of Biology; v. 68, n. 1, p. 129-136, 2008-02-00.
Resumo

A fotoaclimatação da fotossíntese foi investigada numa população tropical de Cladophora glomerata (Estado de São Paulo, sudeste do Brasil, 20º 48’ 24" S e 49º 22’ 24" W) através de parâmetros de fluorescência da clorofila e conteúdo de clorofila a. As plantas foram aclimatadas a dois níveis de irradiância: baixa (65 ± 5 µmol.m-2.s-1) e alta (300 ± 10 :mol.m-2.s-1) e expostas a curto período (4 dias) e longo período (28 dias) em fotoperíodo de 12 horas. Curvas de fotossíntese-irradiância (FI) revelaram estratégias distintas de fotoaclimatação. Plantas expostas a longo período aclimataram pela alteração do número de unidades fotossintéticas (UF) e mantiveram fixo o tamanho das UF. Estas características foram reveladas por menores taxas de fotossíntese máxima (Fmax), menor eficiência fotossintética (alfa) e valores mais altos do parâmetro de saturação (Ik) em alta irradiância. A estratégia de aclimatação em curto período consistiu em mudança no tamanho das UF, com número fixo de UF, conforme revelado por taxas semelhantes de fotossíntese máxima (Fmax), maiores valores de alfa e menores de Ik em baixa irradiância. Os conteúdos de clorofila a seguiram o padrão geral reportado para algas verdes de maiores concentrações em baixa irradiância. Curvas de indução escuro/luz revelaram valores consistentemente mais elevados de rendimento quântico potencial em baixa irradiância. Valores iniciais e finais mostraram capacidade de recuperação mais elevada em curto período (84,4-90,6%) do que em longo período (81,4-81,5%). Os valores da taxa de transporte de elétrons (ETR) e extinção não-fotoquímica (NPQ) foram consistentemente mais elevados em baixa irradiância. Os valores de ETR tiveram aumento contínuo e estável ao longo do período de exposição luminosa em curto e longo períodos, enquanto que os de NPQ revelaram aumento rápido após 15 seconds de exposição à luz, mantiveram leve tendência de aumento e então estabilizaram na maioria dos tratamentos. Performances fotossintéticas inferiores e menor capacidade de recuperação do rendimento quântico potencial foram observadas, sugerindo que esta população sofre inibições pelo típico ambiente de alta irradiância de regiões tropicais. (AU)

Processo FAPESP: 01/06139-3 - Análise ecofisiológica comparativa entre espécies de macroalgas de ambientes lóticos: temperatura e irradiância
Beneficiário:Orlando Necchi Junior
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular