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(Referência obtida automaticamente do Web of Science, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Tocólise com parto prematuro: fatores associados e desfechos de um estudo multicêntrico no Brasil

Texto completo
Autor(es):
Dias, Tabata Zumpano [1] ; Fava, Mariana Lacerda [1] ; Passini Junior, Renato [1] ; Cecatti, Jose Guilherme [1] ; Tedesco, Ricardo Porto [2] ; Lajos, Giuliane Jesus [1] ; Rehder, Patricia Moretti [1] ; Nomura, Marcelo Luis [1] ; Oliveira, Paulo Fanti [3] ; Costa, Maria Laura [1]
Número total de Autores: 10
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Univ Estadual Campinas, Sch Med Sci, Dept Obstet & Gynecol, Campinas, SP - Brazil
[2] Fac Med Jundiai, Dept Obstet & Gynecol, Jundiai, SP - Brazil
[3] Univ Estadual Campinas, Sch Med Sci, Unit Stat, Campinas, SP - Brazil
Número total de Afiliações: 3
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia; v. 40, n. 4, p. 171-179, APR 2018.
Citações Web of Science: 0
Resumo

Resumo Objetivo: Avaliar o uso da tocólise em partos prematuros decorrentes de trabalho de parto espontâneo numa amostra brasileira. Métodos Um total de 1.491 mulheres com parto prematuro decorrente de trabalho de parto espontâneo foram avaliadas, considerando a realização de tocólise ou conduta expectante, de acordo com a idade gestacional ao nascimento (< 34 semanas e 34 a 36 þ 6 semanas) e com as drogas prescritas. O estudo ocorreu em 20 hospitais brasileiros, de abril de 2011a julho de 2012. Análises bivariadas foram realizadas para avaliar associações com características sociodemográficas e obstétricas. Foram calculadas as relações de probabilidade comseus respectivos intervalos de confiança (95%) para os desfechos neonatais e maternos. Resultados Um total de 1.491 casos de partos prematuros foram considerados, e a tocólise foi realizada em 342 (23%) casos, dos quais 233 (68,1%) tiveram partos antes das 34 semanas. No grupo da conduta expectante, 73% forampré-termos tardios e com trabalho de parto mais avançado à admissão. As drogas mais utilizadas foram os bloqueadores do canal de cálcio (62.3%), seguidos pelos betamiméticos (33%). No grupo da tocólise houvemais complicações neonatais ematernas (maioria não grave) e um uso de corticosteroides 29 vezes mais frequente que nos casos de conduta expectante. Conclusão A tocólise foi mais favorável nos casos de trabalho de parto inicial e nos partos realizados antes de 34 semanas de gestação, usando preferencialmente bloqueadores do canal de cálcio, comsucesso em realizar altas taxas de corticoterapia. A tocólise esteve associada a maiores taxas de complicações maternas e neonatais, o que pode ser explicado pela diferença basal dos casos à admissão. Entretanto, esses resultados devem acender um alerta em relação ao uso de tocolíticos. (AU)

Processo FAPESP: 09/53245-5 - Estudo multicêntrico sobre a prematuridade no Brasil
Beneficiário:José Guilherme Cecatti
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Pesquisa em Políticas Públicas para o SUS